Na Arena Plínio Marin, Pantera Alvinegro domina, faz 2 a 0 e vai encarar o Monte Azul na decisão. Briga generalizada no final da partida resultou em dois expulsos para cada lado, CAV perde Gabriel Barbato e Reinaldo Júnior para o jogo de ida da final.
O Clube Atlético Votuporanguense está na final da Copa Paulista Sicredi 2024. O CAV venceu a Portuguesa por 2 a 0, na noite deste sábado, diante de 3.358 pagantes na Arena Plínio Marin, em Votuporanga, se garantindo na decisão do torneio e derrubando um tabu histórico.
Derrotado no jogo de ida por 1 a 0, o Pantera Alvinegro reverteu a desvantagem construída pela Lusa ainda no primeiro tempo com gols de Nando e Danilo Mariotto. Os visitantes até tentaram pressionar na segunda etapa, mas não furaram o bloqueio adversário.
Com a classificação, o Votuporanguense vai brigar pelo seu segundo título de Copa Paulista. O primeiro foi conquistado em 2018. O adversário na decisão será o Monte Azul.
Com a bola rolando
Buscando reverter a desvantagem construída pelo adversário no jogo de ida, o Votuporanguense começou com tudo e rapidamente abriu o placar. Aos três minutos, Nando se antecipou à defesa em cobrança de escanteio da direita e testou no alto para fazer 1 a 0. A Lusa tentou responder no chute de longe de Elvis, mas que não encontrou a direção do gol.
Melhor em campo, o CAV chegou ao segundo aos 22: Frank arrancou pela esquerda e deixou Danilo Mariotto na boa, debaixo da trave, com a missão de apenas empurrar para o gol e ampliar. A Portuguesa, por sua vez, teve muita dificuldade para criar e pouco ficou com a bola. Com a boa vantagem, os donos da casa administraram bem o resultado e tiraram o pé nos minutos finais.
A Lusa voltou com outro ânimo, disposta a buscar um placar favorável. A equipe chegou duas vezes com muito perigo com Cristiano no jogo aéreo. Na primeira, ele exigiu grande defesa de João Paulo. Já na segunda, completamente livre, ele mergulhou e cabeceou para fora.
O CAV respondeu na mesma moeda, em cabeçada de Vinícius Bala defendida por Rafael Pascoal, mas quem seguiu na pressão foi a Portuguesa. Leandro, em boa jogada pela direita fez o goleiro da Pantera trabalhar de novo aos 29 minutos. Depois disso, as duas equipes mexeram e o ritmo do jogo caiu.
No fim, o Votuporanguense voltou a atacar, mas a chance derradeira foi da Lusa, em chute de fora da área de Ben-Hur que explodiu na trave direita de João Paulo.
Confusão generalizada
Após o apito final de João Vitor Gobi, atletas e integrantes da Portuguesa partiram para cima do elenco Alvinegro e a intervenção da tradicional turma do ‘deixa disso’ teve trabalho para apaziguar as cenas patéticas de trocas de gentilezas exacerbadas. Um caixão nas cores da Portuguesa foi jogado no gramado da Arena Plínio Marin e teve parte destruída por integrantes da comissão visitante.
Na súmula enviada à Federação Paulista de Futebol (FPF), o árbitro relatou a confusão e explicou em detalhes o motivo pelo qual expulsou dois jogadores de cada lado: Gabriel Barbato e Reinaldo Júnior do lado Alvinegro, e Maurício Moraes e Diogo Crispim pela Lusa.
O clima tenso remete ao duelo de ida, no Estádio do Canindé, quando relatos apontam provocações direcionadas a torcida do Votuporanguense, com dizeres “caipiras, eliminados”.
E agora?
As datas dos jogos da final da Copa Paulista devem ser divulgadas em breve pela Federação Paulista de Futebol. Por ter melhor campanha, o Monte Azul fará o segundo e decisivo duelo em casa. A primeira partida será na Arena Plínio Marin.
Uma vez na decisão, ambas as equipes garantem o direito de disputar um torneio nacional em 2025. O campeão escolhe entre jogar a Copa do Brasil ou a Série D do Campeonato Brasileiro. O vice fica com a vaga restante.
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