ROLETA RUSSA: Sepultado jovem que foi baleado na cabeça

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Natan Fernando Pezolito, de 19 anos, estava em uma festa de aniversário em um sítio de Mirassolândia (SP) quando foi atingido pelo disparo. Rapaz que atirou fugiu depois do crime e continua foragido.

 

Natan Pezolito foi baleado com um tiro na cabeça em um sítio de Mirassolândia — Foto: Reprodução/TV TEM

 

 

O corpo do jovem Natan Fernando Pezolito, de 19 anos, que morreu após ser baleado na cabeça durante uma festa de aniversário, foi enterrado no Cemitério Municipal de Guapiaçu (SP), na tarde desta quarta-feira (25).

Natan foi atingido pelo disparo de arma de fogo na madrugada de domingo (22) em um sítio de Mirassolândia (SP). Um amigo dele afirmou que o rapaz suspeito de cometer o crime fazia roleta-russa com a vítima e outros jovens.

Após ser baleado na região da cabeça, Natan foi socorrido e levado para o Pronto-Socorro de Mirassolândia. Contudo, por causa dos ferimentos, ele precisou ser transferido para o Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP), onde teve morte cerebral confirmada e permaneceu respirando com auxílio de aparelhos.

Segundo o boletim de ocorrência, a comunicação do óbito foi feita na madrugada desta quarta-feira (25). O corpo da vítima foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para passar por exames. O projétil retirado da vítima foi entregue para a Polícia Civil para ser periciado.

Fazia roleta-russa

De acordo com o estudante Júlio Rodrigo Piva Dias, que era amigo de infância da vítima, o irmão da aniversariante, um rapaz de 24 anos, entrou no quarto e voltou armado com um revólver. Em seguida, ele abriu o tambor da arma de fogo e foi para a sala do sítio onde Natan estava sentado com amigos.

“Ele falou para brincarmos de roleta-russa. Eu perguntei para ele o que era isso e ele explicou que era para colocar uma bala no tambor, rodar e atirar. A gente respondeu que ele estava louco, que era para sair fora disso. Ele sentou no canto do sofá e apontou a arma e atirou em falso. Ele fez isso três vezes, até mirar no Natan e disparar”, diz Júlio.

Ao se dar conta de que o revólver tinha disparado e atingido Natan na cabeça, Júlio afirma que o rapaz voltou ao quarto, guardou a arma e saiu desesperado, com as mãos na cabeça.

“Eu vi o sangue, peguei o Natan, tentei falar com ele, mas ele não respondia. Eu arrastei ele para fora, coloquei ele na grama e comecei a gritar o pessoal. Então, conseguimos socorrer ele ao Pronto-Socorro, onde fiquei aguardando a ambulância de Rio Preto”, diz Júlio.

O suspeito fugiu depois de cometer o crime e ainda não foi encontrado. A Polícia Civil registrou o caso como homicídio tentado e segue em investigação. Contudo, como a morte da vítima foi confirmada, o caso será tratado como homicídio doloso, quando há a intenção de matar.

Comoção e homenagem

Amigos e familiares usaram as redes sociais para homenagear Natan e lamentar a morte dele.

Uma prima do jovem escreveu que “o que era para ser um Natal maravilhoso em família se tornou tragédia. É muito difícil dizer adeus para meu adorado primo que eu amo tanto, crescemos juntos sempre lado a lado, é uma dor imensa para mim.”

Em outra postagem, uma amiga do rapaz disse que ele “deixa muita saudade e corações quebrados, mas também muitas lembranças maravilhosas que aquecerão nossos corações. Sua memória para sempre viverá conosco e será honrada com Justiça.”