Ramón Díaz vira opção no Santos em meio a mercado difícil e semana decisiva para interino 

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Ramon Diaz em Vasco x Criciúma — Foto: André Durão/ge

Peixe não chega a consenso rápido sobre substituto de Caixinha, mas tem argentino no topo da lista no momento, enquanto interino corre por fora e terá desafio importante no domingo.


O Santos vê o mercado de técnicos se fechar e, perto de completar dez dias da demissão de Pedro Caixinha, ainda não tem um consenso sobre quem será seu substituto. Em vias de ser anunciado como novo treinador do Corinthians, Dorival Júnior foi o primeiro a recusar a investida santista.

nome de Ramón Díaz, justamente o ex-técnico do rival paulista, é o mais forte no bastidor santista no momento, mesmo sem ser unanimidade. Ele foi uma indicação de Neymar pai e as negociações estão sendo conduzidas pelo agente André Cury, podendo avançar nas próximas horas.

Enquanto isso, o interino César Sampaio tem trabalhado em silêncio no CT Rei Pelé sem ter o futuro claramente definido. O presidente Marcelo Teixeira chegou a “efetivá-lo” por uma semana, justamente a atual, de preparação para o jogo contra o Red Bull Bragantino, domingo, na Vila Belmiro.

Bons resultados nos próximos jogos podem dar segurança à diretoria para mantê-lo por mais tempo, caso a negociação com Ramón não avance. 

O caso de Dorival é emblemático e reflete a dificuldade alvinegra: ele foi sondado antes mesmo de Caixinha deixar o cargo, e o Peixe chegou a insistir por sua contratação nos últimos dias, mas, nas primeiras conversas, sinalizou que não estava pronto para voltar a trabalhar. 

Conversa diferente da tida com o Corinthians, prestes a se tornar seu destino. 

Enquanto a diretoria do Peixe entende ter investido o suficiente no elenco para voltar a fazer do Santos protagonista a curto prazo, o mercado não dá a mesma resposta, apontando que o desafio de brigar por títulos nacionais parece, neste momento, inalcançável. 

Santos não tem pressa? 

Oficialmente, inclusive em declarações de seu CEO, Pedro Martins, o Santos alega não ter pressa. A postura, no entanto, passa pela falta de opções. O clube tem usado todas as suas armas para buscar um nome de consenso, mas ainda não chegou a ele. 

Vários nomes estiveram em pauta internamente no clube: André Jardine, Fernando Diniz, Thiago Motta, Ramón Diaz, Odair Hellmann e até nomes empregados em outros clubes. O entendimento é de que a temporada desafiadora exige convicção. 

Pedro e Teixeira divergem no pensamento em alguns nomes, enquanto pessoas próximas à diretoria também têm participado de conversas para ajudar a encontrar boas opções. O setor de scout do clube, por sua vez, apresenta opções frequentemente, que são debatidas. 

No caso de Caixinha, Pedro Martins foi determinante para a contratação. Agora, não será mais totalmente dele a indicação final do nome de consenso. 

Jorge Sampaoli foi o único que teve negociações abertas de forma oficial. O argentino até se empolgou com a chance de retornar, mas preferia assumir o time no meio do ano. 

*Com informações do ge