Caso ocorreu na Santa Casa de Andradina/SP; menino, que foi diagnosticado com distúrbio renal, recebeu alta médica na segunda-feira (24). Segundo os pais, ele ficou cerca de 8 horas sem urinar. Hospital disse que abriu sindicância interna para apuração.
Pais denunciaram uma profissional por colocar, sem testar, uma sonda urinária que ficou “travada” na bexiga de uma criança de dois anos, na Santa Casa de Andradina/SP. O caso ocorreu na sexta-feira (21.jun) e o menino recebeu alta médica na segunda-feira (24).
Em nota, a Santa Casa de Andradina informou que abriu uma sindicância administrativa interna para apuração quanto ao ocorrido e que prestou toda a assistência à família.
Os pais da criança, Raphael Aparecido Lucas Rodrigues e Dayani Aparecida Gondin da Silva, contaram que o filho foi diagnosticado com um distúrbio renal.
Na sexta-feira, o menino apresentou inchaço anormal e foi levado pela família à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para atendimento médico. No local, foi recomendada pelo médico nefrologista a colocação da sonda, depois de a criança ficar cerca oito horas sem urinar.
No entanto, segundo o pai, a profissional responsável pela colocação agiu de forma inadequada durante o procedimento, o que resultou na inserção incorreta do cateter. Rafael ainda alegou que a sonda apresentava defeito.
“A enfermeira que passou a sonda nele ficava debochando, tirando completamente a confiança da gente, porque ela brincou, parecendo que tinha sido a primeira vez que ela tinha mexido na sonda. No meio do procedimento, ficou bem claro porque não foi possível colocar a água destilada toda da seringa na sonda para finalizar. Logo depois, todo mundo do hospital ficou perdido. O meu filho estava sem poder urinar e chorando de dor”, reclamou o pai.
Ainda conforme Raphael, o erro médico levou à necessidade de uma transferência para Araçatuba/SP no dia seguinte, sábado (22), para a remoção da sonda. Isso porque os profissionais em Andradina teriam dito que somente seria possível fazer a retirada com cirurgia.
Em Araçatuba, de acordo com Raphael, uma médica especializada sedou a criança e fez a remoção da sonda rapidamente, sem necessidade da intervenção. O pai ainda disse que o filho já foi submetido ao processo outras duas vezes, sem intercorrências.
“A gente ficou desesperado. No outro dia, a médica chegou por volta das 9h e removeu a sonda em cerca de cinco minutos, demonstrando total despreparo da equipe de Andradina. Ela foi muito competente e disse que toda sonda deve ser testada antes de ser inserida no paciente”, revelou o pai.
A mãe do menino, por sua vez, disse que ficou angustiada de não poder acompanhar a criança. Isso porque Dayani estava com o outro filho mais novo, de cinco meses, que foi internado em São José do Rio Preto/SP, no dia 19 de junho, para uma cirurgia no coração.
“Quando meu marido me contou, eu fiquei desesperada, porque queria ficar perto. Era a vida dele e a saúde dele que estavam em risco. Os médicos querem que meu filho, agora, faça o acompanhamento em Araçatuba, porque lá o hospital tem suporte para isso”, comentou a mãe.
Ambos os meninos receberam alta médica e estão bem. A Polícia Militar e o Conselho Tutelar foram acionados no hospital para o registro da ocorrência. A família ainda informou que vai processar a equipe do hospital na Justiça.
*Com informações do g1