A Exposição Fotográfica Metamorfose conta, por meio de fotografias e textos poéticos, a história de Cláudia da Cruz que, em 2015, foi diagnosticada com câncer de mama e passou por um processo que vai além da cura pela doença.
@leidiane_vicente
A proporção que algumas ideias podem tomar são desconhecidas ao próprio autor. Esta é uma dessas histórias que encontram reconhecimento em pessoas de profissões diferentes, mas que juntas realizaram algo muito maior que o propósito inicial.
A princípio, o fotógrafo e publicitário Rafael Soares Faceto foi assistir a uma palestra sobre superação de câncer de mama. Impactado pelo relato da palestrante e protagonista Cláudia da Cruz, ele lhe propôs um convite.
“Dei de presente um ensaio artístico para registrar tudo que ouvi. A intenção de imediato era que ela pudesse ter um material fotográfico profissional para incluir nas próximas possíveis palestras, mas as fotografias tomaram força e acabaram virando um projeto maior”, conta Faceto sobre o nascimento da ideia.
A Exposição Fotográfica Metamorfose é um projeto pensado para o Outubro Rosa, mês de conscientização ao controle do câncer de mama. Por meio de uma série de fotografias é contada a jornada de Cláudia. Uma mulher que teve câncer de mama, em 2015, passou por processos de tratamentos e alcançou a cura.
“Criamos um conceito baseado nas fases de desenvolvimento de uma borboleta (a metamorfose) e com isso fizemos uma analogia com a história de vida da Cláudia, contando cada etapa de sua experiência, desde o diagnóstico até a recuperação”, explica o fotógrafo sobre a essência do projeto.
Mas nem só de fotografias é feita a exibição. William Bernardes professor e, também, fotógrafo, que estava com Faceto na palestra de Cláudia, decidiu complementar as imagens com textos poéticos.
Totalizando 15 fotografias, a exposição é dividida em cinco fases, que são as da metamorfose da borboleta. Segundo Rafael, acontece da seguinte forma: o ovo simboliza o diagnóstico; a eclosão é a aceitação; a lagarta, o momento de enfrentar as dores do processo; o casulo é a viagem para dentro de si e a borboleta é quando Cláudia se cura do câncer e realiza seus voos.
Para cada três fotografias existe um texto, o que segue é o da “Borboleta-Curada”:
“Meus voos mais sublimes não foram para além das nuvens, mas os que me desbravaram intrinsecamente. Minha história me deu asas. Minha dor me impulsionou. Minha fé me fez planar. Minha alegria reverberou no voejar. Abro as asas para a vida presente e para celebrar o que sou, metamorfose”, texto poético de William Bernardes para a exposição.
A modelo do ensaio fotográfico é a própria Cláudia, que ao ver a exposição montada ficou nada menos que emocionada.
“Ela chorou muito. Na abertura da exposição subimos para a Biblioteca Municipal do Parque da Cultura de mãos dadas com a Cláudia. Ela ainda não tinha visto a exposição montada e nem os quadros prontos de fato”, relata Faceto sobre o momento do encontro.
A história de Cláudia é um exemplo de superação que foi contada de forma simbólica e poética pelos três envolvidos: ela, Rafael e William. Juntos, eles se reuniram para usar o poder que a fotografia tem de contar algo por outras perspectivas.
A Exposição Fotográfica Metamorfose segue na Biblioteca Municipal do Parque da Cultura até o dia 03 de novembro. De lá, vai para o Senac Votuporanga, onde fica exposta de 05 a 25 de novembro.
Não há quem passe batido pelo ambiente sem ser envolvido pelo projeto. Este que, de início, fora apenas uma ideia de ensaio artístico para ilustrar, nas palestras de Cláudia, a jornada dela na cura do câncer.
Nem o próprio Rafael sabia que isso essa apenas o embrião de onde nasceriam tantas parcerias e envolveriam patrocínios de diversas marcas. Mas o principal, impactaria e emocionaria tantas pessoas.
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