Doze anos se passaram desde que o Brasil conquistou a América pela última vez. O time comandado por Dunga passeou na vitória sobre a Argentina e levantou a taça na Venezuela.
Neste domingo (7), a seleção é favorita para quebrar o tabu diante do Peru, às 17h, no Maracanã, na primeira decisão de Tite com o time canarinho.
Depois de 2007 o torcedor viu o jejum aumentar a cada edição. Em 2011 e 2015, o Brasil caiu nas quartas de final. Já em 2016, sequer passou da primeira fase.
Mas a seleção peruana encara um jejum maior: amarga a fila de 44 anos sem títulos da Copa América – o último foi em 1975.
Ainda na primeira fase, jogando na Arena Corinthians, o Brasil derrotou o Peru por 5×0. Para muitos torcedores, imaginar que aquela seleção goleada sem cerimônia chegaria à final era improvável.
Mas chegou e fez isso eliminando favoritos, como Uruguai e Chile. Na semifinal, os 3×0 sobre os chilenos deram ânimo para que o time de Ricardo Gareca possa sonhar com uma reviravolta e um título que coroaria o bom trabalho dele à frente da equipe.
Do lado do Brasil, Tite enfrentou rumores de que deixaria o comando da seleção depois do torneio, o que foi desmentido pela própria CBF.
Em campo, Alisson e Filipe Luís estão liberados, mas a tendência é que ele continue apostando em Alex Sandro na lateral-esquerda. Willian está fora e deixa de ser opção no banco de reservas.
Se vencer, o Brasil alcança o nono título do torneio. Uruguai lidera com 15 seguido por Argentina, com 14. Nas quatro vezes que a seleção sediou a Copa América (1919, 1922, 1949 e 1989), ela foi campeã.
Em Copa América o histórico é amplamente favorável ao Brasil, que já enfrentou o Peru 18 vezes, com 12 vitórias.
13 jogadores dividem a artilharia desta edição do torneio, com dois gols cada. Desses, três brasileiros e dois peruanos podem assumir o posto de artilheiro se fizeram mais um: Everton, Philippe Coutinho, Roberto Firmino, Edison Flores e Guerrero.
Daniel Alves pode fazer história mais uma vez neste domingo. O lateral é o atleta com mais títulos no currículo e, se o Brasil ganhar, chega à 40.ª conquista na carreira.
Daniel é o único remanescente do elenco campeão da Copa América em 2007, tendo marcado um dos gols na final contra a Argentina. Nesta edição ele marcou justamente na partida contra o Peru na primeira fase.
Será a sétima partida dele contra os peruanos. Aos 36 anos, e jogando como um menino destemido e insolente, ele é o cara a se observar.
Jefferson Camargo é jornalista e colaborador deste Diário. Prefere Chester.