Dia do Rim é comemorado nesta quinta

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Nesta quinta-feira (12/3), é comemorado o Dia Mundial do Rim. A Santa Casa de Votuporanga aproveita a data para conscientizar toda a população sobre os fatores de risco para a Doença Renal Crônica (DRC).

Neste ano, a Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) escolheu como tema central “Saúde dos rins para todos. Ame seus rins. Dose sua creatinina!”. O teste de creatinina é realizado pela coleta de sangue e pode ser feito em qualquer unidade de saúde, indicando problemas renais precocemente.

A médica nefrologista e responsável pela Unidade de Diálise da Santa Casa, Dra. Aparecida Paula G. Visoná, explicou a importância do exame. “O teste revela se há uma quantidade elevada da substância no corpo e, assim, descobre se o rim está funcionando corretamente. O problema é que, pela falta de conhecimento, muitas pessoas deixam de pedir o exame e os médicos, por outro lado, só o recomendam quando o paciente faz parte de um grupo de risco”, alertou.

Dosagem

A creatinina dosada no sangue é derivada principalmente do metabolismo da creatina muscular. Como homens possuem mais músculos que mulheres, a quantidade da substância é maior nos primeiros, assim como em jovens. Quando a creatinina começa a se elevar, isso significa que a função dos rins está comprometida cerca de 50%.

Segundo a nefrologista, o valor normal de creatinina pode variar de 0,6 a 1,3mg/dL. Ela registra que a substância, por si, não é marcadora de função renal; para isso, é necessário também avaliar a taxa de filtração glomerular por meio de um exame de coleta de urina durante 24h. “Ou, então, por uma fórmula matemática que leva em consideração a creatinina, o peso e a idade do paciente”, explicou.

Dados

A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) estima que há cerca de 10 milhões de brasileiros com alguma doença renal sem saber disso, pois nos rins os males geralmente são assintomáticos.

A doença renal crônica (DRC) se caracteriza por lesão nos rins que se mantém por três meses ou mais, com diversas consequências, pois os rins têm muitas funções, dentre elas: regular a pressão arterial, “filtrar” o sangue, eliminar as toxinas do corpo, controlar a quantidade de sal e água do organismo, produzir hormônios que evitam a anemia e as doenças ósseas, entre outras. Em geral, nos estágios iniciais, a DRC é silenciosa, ou seja, não há sintomas ou são poucos e inespecíficos. Por isto, o diagnóstico pode ocorrer tardiamente, quando o funcionamento dos rins já está bastante comprometido, muitas vezes em estágio muito avançado, quando é necessário tratamento de diálise ou transplante renal.

Unidade de diálise

Atualmente, são 268 pessoas em tratamento de Hemodiálise (realizada três vezes na semana no Hospital) e 28 em Diálise Peritoneal (feita diariamente na casa do paciente). São assistidas as cidades Valentim Gentil; Magda; Floreal; Monções; Sebastianópolis do Sul; Nhandeara; Riolândia; Cardoso; Américo de Campos; Álvares Florence; Cosmorama; Votuporanga; Parisi; Macaubal; General Salgado; Gastão Vidigal e Pontes Gestal.

Os assistidos recebem atendimento médico, suporte assistencial, além de orientação nutricional e acompanhamento psicológico. O setor conta com equipe multidisciplinar especializada que é composta por nefrologistas, enfermagem, psicóloga, assistente administrativa, recepcionistas, nutrição e  higiene/conservação. Dra. Aparecida Paula G. Visoná, Dra. Neide Oyama Tocio, Dra. Regina Silvia Chaves de Lima, Dra. Thaís Voltarelli, Dr. Arthur Eduardo R. Sanches e Dra. Natalia Acquaroni Gondin são os profissionais médicos.

A Associação dos Pacientes Renais de Votuporanga (Aprevo) é uma grande parceira do serviço. “É a nossa referência, a equipe promove um belo trabalho, preservando a humanização do atendimento, que é uma meta constante visando a melhoria de todo o Hospital. Nesse setor podemos perceber o quanto o coração de cada um é grande em prol de um acolhimento digno aos pacientes”, finalizou.