Defina o que você quer fazer, restauro ou pintura artística

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Por Gustavo Rapassi

Posso apostar que você tem em sua casa algumas coisas sem utilidade e sem valor comercial, mas você continua guardando a vida toda. E talvez nem saiba porque guardar por tanto tempo.

E às vezes ninguém na sua casa aguenta mais ver aquela coisa ali onde está, sem serventia pra nada, ocupando o espaço que algo mais útil poderia ocupar. E isso pode ser desde um simples caixinha até um carro antigo que não funciona mais.

Mas esse objeto é muito importante para você, porque tem um valor que não tem preço, que está na sua memória e tem o seu valor sentimental. Eu sei como é isso porque eu também tenho vários achados e guardados assim.

Mas vamos imaginar que após ler esse texto você fique com vontade de encontrar uma utilidade nova, ou uma cara nova pra esse objeto. Seja ele o que for, você pode transformar em um porta-treco, um porta-guarda chuva, um porta chaves, ou o que mais? Me ajuda a pensar aí, o que mais poderia ser?

E você pode fazer isso de duas formas.

Pode ser um restauro, que é quando você vai manter a originalidade do que você tem. Porque assim você vai preservar a memória e o valor histórico da peça e permanecer com as caraterísticas de fabricação desse objeto.

Assim você mantem os valores do passado que podem ser referência no futuro, ou seja, um objeto com histórias pra contar.

Ou pode fazer uma transformação ou uma customização, que é quando você escolhe fazer uma pintura artística e espontânea.

Neste caso você não precisa ter compromisso com originalidade, você simplesmente faz o que é melhor para a sua necessidade do momento e transforma seu objeto velho em uma luminária, um quadro, uma bandeja ou o que precisar.

Dependendo da função que você quer dar ao seu objeto, vale cortar, desmontar, tirar o que tiver que tirar e descartar o que não será utilizado. E faça isso sem dó e ressentimento, descarte o que não te interessa e já coloque logo para a coleta seletiva sem medo nem dó.

E lembre-se a matéria precisa servir a nós e não o contrário. E o importante é não acumular, para não viver com coisas inúteis e energia parada ao nosso redor.

Se você age assim, você pensa em viver o presente, o futuro e o passado não são o agora.

As duas formas são validas, a escolha do que fazer depende do seu gosto e só você vai saber qual te agrada mais.

Mas se você está em dúvida do que fazer, você pode avaliar se a peça está menos de 50% danificada, daí cabe um restauro, caso contrário você faz uma transformação.

Eu gosto muito de fazer das duas formas, tanto o restauro quanto a transformação e de ambas eu fico ansioso para ver o resultado pronto.