Moradora de Castilho/SP, criança foi internada em novembro na Santa Casa de Araçatuba/SP, mas não resistiu. Essa é a primeira morte por coqueluche no noroeste paulista neste ano. São Paulo registrou aumento de quase 2.000% nos casos.
Uma bebê de 2 meses, natural de Castilho/SP, morreu vítima de coqueluche na Santa Casa de Araçatuba/SP. A informação foi confirmada pela instituição de saúde nesta quarta-feira (11.dez). Essa é a primeira morte pela doença no noroeste paulista neste ano.
De acordo com o Serviço de Vigilância Epidemiológica do hospital, a bebê foi internada em 15 de novembro na UTI Neonatal e Pediátrica com o diagnóstico da doença.
Apesar do tratamento, ela não resistiu e morreu na tarde de terça-feira (10). Em seguida, a Vigilância Epidemiológica de Castilho foi comunicada.
Conforme a Santa Casa, a criança ainda não havia sido vacinada. A imunização contra coqueluche é preconizada para faixa etária dos dois meses até os seis anos de idade.
Em Araçatuba, a Santa Casa registrou outro caso positivo da doença em um bebê, internado em meados do mês de novembro. A criança, que mora na cidade, reagiu bem ao tratamento e recebeu alta hospitalar no início de dezembro.
Na região noroeste paulista, além de Araçatuba, as cidades que registraram casos de coqueluche no ano são: São José do Rio Preto (4), Catanduva (1) e Castilho (1 óbito).
Em São Paulo, são três óbitos, de janeiro até 3 de dezembro. De acordo com as estatísticas, o estado registra uma explosão de casos positivos.
Aumento de quase 2.000%
Dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) revelam que, em 2024, o estado de São Paulo registrou aumento de quase 2.000% no número de casos confirmados da doença, se comparado a 2023.
Conforme o CVE, até o dia 3 de dezembro, foram registrados 1.096 casos e três óbitos por coqueluche.
No ano passado, foram registrados 54 casos, sem mortes. Em 2022, foram 19 casos positivos e nenhum óbito por coqueluche em território paulista.
Risco à saúde
A coqueluche é uma doença respiratória causada pela bactéria bordetella pertussis e transmitida por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.
Os sintomas são semelhantes aos de um resfriado, como tosse seca e febre. O principal fator de risco é a criança, que não foi vacinada, desenvolver quadros graves e, se não tratada, corre o risco de não resistir.
É uma doença endêmica e as epidemias podem ocorrer ciclicamente com intervalos de três a cinco anos, conforme a Secretaria Estadual de Saúde. A pasta reforça que a vacinação é a melhor forma de prevenção.
Pais e responsáveis devem levar as crianças à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para atualizar a caderneta de vacinação.
Proteção
O CVE informa que a cobertura vacinal contra coqueluche até setembro deste ano é de 88,1% no Estado de SP com uso da vacina pentavalente, aplicada em crianças menores de um ano. Além disso, é feito o reforço aos 15 meses de idade e um segundo reforço aos quatro anos com a tríplice bacteriana (DTP).
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, em São José do Rio Preto (SP), a cobertura vacinal é de 99,94% em crianças com menos de um ano de idade. Em crianças acima de um ano, que recebem a DTP, a cobertura é de 95,40%.
Grávidas devem fazer uma dose da vacina do tipo adulto (dTpa) a partir da 20ª semana de gestação, conforme o CVE.
*Com informações do g1
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