O profissional do CAV já integrou a comissão da Seleção Brasileira campeã na China; têm 36 anos de carreira e é o criador do famoso “suco milagreiro” que hidratou atletas e adoçou conquistas.
O Clube Atlético Votuporanguense está na segunda semana de preparação para a disputa da Série A3 do Campeonato Paulista e, sob comando do técnico Rogério Corrêa o ritmo está cada dia mais acelerado. Isso é possível observar no gramado da Arena Plínio Marin, assim como outro detalhe, o massagista Pedro Basso; nada de estranho, exceto pela vitalidade e vibração de um homem de 70 anos, com sua vida dedicada ao esporte incentivando a garotada.
‘Seu Pedro’ é personagem conhecido no futebol, respeitado por todos e extremamente carismático. O massagista também é conhecido pelo seu ‘suco milagreiro’ de beterraba, com outros ingredientes que ele desenvolveu na década de 90 e, que já hidratou inúmeros atletas e adoçou muitas conquistas dentro de campo; mas, o componente secreto que todos tentam descobrir, bom, isso ele não vai contar.
Ao Diário de Votuporanga, Pedro falou que a “expectativa é a melhor possível, estamos trabalhando sério e forte. A diretoria está se empenhando bastante, junto com a comissão, escolhendo jogadores a dedo para não errar. Também temos os garotos da base, com muita qualidade. Acredito que vamos ter um trabalho muito bom, almejando o retorno para a Série A2, se Deus quiser”.
O folclore em torno de Pedro Basso é farto de episódios, o mais famoso é o “suco milagreiro”. Percebendo que os jogadores precisavam de algo a mais para repor as energias durante os treinos, ele inventou um tipo de suco em 1993, no Mirassol, que segundo ele, garante que a recuperação do desgaste provocado pelos treinos é mais rápida.
Mas, quanto ao ‘suco milagreiro’, ele negou a existência do tal ingrediente secreto e afirmou: “Já começamos a preparar, fiz o suco hoje (quinta-feira) aqui. Mas não tem segredo nenhum. Acredito que o segredo seja fazer as coisas com o coração, com bastante dedicação”.
Nascido em Américo de Campos/SP e morador de Votuporanga/SP, Pedro sonhou em ser jogador profissional, começando a jogar futebol com 12 anos, no time da cidade onde nasceu, sempre com o apoio do pai Antônio Basso. Em seguida, chegou a fazer testes no América e no Botafogo de Ribeirão Preto/SP, mas não conseguiu ser aprovado. Então voltou para o time que formou, o Américo de Campos, mas em uma partida sofreu uma lesão que ao se agravar acabou com o sonho de ser jogador profissional.
Mas ao tratar a lesão, nasceu um novo horizonte: “Eu jogava em Américo de Campos. Em uma partida, machuquei gravemente o tendão de Aquiles. Tive que desistir do futebol. Conheci o massagista Sano, de Bálsamo, e me encantei com o trabalho. Descobri que tinha o dom para ser massagista”, contou.
O lendário Pedro Basso iniciou sua carreira de massagista na antiga Associação Atlética Votuporanguense em 1984. Passou pelo Jalesense, onde foi campeão do Paulista da Segunda Divisão de 1990, Nova Andradina, de Mato Grosso de Sul, Jaboticabal e ficou 23 anos no profissional do Mirassol.
No ano de 2014 foi convocado para integrar a comissão da Seleção Brasileira Olímpica (Sub-21) no Torneio de Wuhan, na China, pelo técnico Alexandre Gallo, por indicação do médico Paulo Forte, e deu certo, voltaram campeões.
Em dezembro de 2015 voltou à Votuporanga, começando trabalhar no Clube Atlético Votuporanguense a convite do então presidente Marcello Stringari e o gerente Eder Dellarice, na época. Sempre sendo um profissional “pé quente”, em 2007 participou do acesso ao Mirassol à elite do Paulistão e participou da campanha que levou o CAV a ser Campeão da Copa Paulista 2018.