Votuporanga descarta pets mortos em aterro sanitário, diz superintendente da Saev Ambiental  

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Superintendente da Saev Ambiental, Luciano Passoni, na tribuna da Câmara - Foto: Reprodução

Sem crematório específico, o gestor afirmou que Votuporanga ainda não consegue dar o destino mais indicado para os animais mortos.


Jorge Honorio
jorgehonoriojornalista@gmail.com 

O fechamento temporário do Ecotudo Sul em Votuporanga/SP, há quase 40 dias, por falta de condições de segurança, conforme noticiado pelo Diário, vem causando uma avalanche de reclamações, principalmente, dos moradores da região sul da cidade. Local deve ser reaberto em até 15 dias, segundo o superintendente da Saev Ambiental, Luciano Passoni, durante a tribuna livre da Câmara Municipal, na 7ª sessão ordinária desta segunda-feira (10.mar).

A vinda do gestor na Casa de Leis veio na esteira do mal-estar gerado pelo fechamento do espaço, uma vez que, o vereador Emerson Pereira (PSD) chegou a protocolar uma convocação. Contudo, o pedido não chegou a ser pautado e acabou retirado pelo parlamentar com a presença de Luciano Passoni na Câmara.

Apesar da pressão exercida pelos vereadores sobre o novo gestor da Saev Ambiental, Passoni conseguiu sair-se muito bem, explicando detalhadamente todas as questões levantadas e até prometendo acatar ideias propostas pelos parlamentares.

Entre as falas do gestor, um assunto chamou a atenção. Após questionado pelo vereador Cabo Renato Abdala (PDR), Luciano Passoni detalhou como é feito o descarte de animais de estimação mortos em Votuporanga: “Pets? Nos Ecotudos! Existe lá freezers, eles são congelados, depois vão, infelizmente, para o aterro. É isso que hoje nós temos no município. A intenção é ir para um crematório.”

É importante ressaltar que a eliminação inadequada de animais mortos representa riscos significativos para o meio ambiente e a saúde humana. Os cadáveres de animais podem conter patógenos que, se não forem tratados de maneira adequada, podem se espalhar e causar doenças. Além disso, a decomposição de animais mortos pode poluir o solo e a água, prejudicando a flora e a fauna locais.

Na oportunidade, o superintendente exemplificou São José do Rio Preto/SP, como um município que possui um descarte evoluído: “Em Rio Preto não se lança pet no lixo. Eu gosto de pet.”

Em seguida, Luciano Passoni prosseguiu contando uma experiência vivida, onde o animal é incinerado e pode até, caso o tutor prefira, ter as cinzas devolvidas em um pote: “É esse o caminho que nós vamos trilhar. Não é a situação que temos hoje. Hoje a gente tenta, com o maior respeito possível, receber aquele animalzinho, porque quem está levando lá, a maioria… das pessoas que têm pet tem, por amor. Eu tenho amor pelos meus bichos, pelos peixes que eu tenho no meu aquário. Então tem que ter um respeito nesse momento. Mas o destino hoje que nós conseguimos oferecer é esse. São congelados e vão para o aterro.”