Dr. Paulo Afonso Silveira Filho detalhou cada tipo e tratamento.
Você certamente já ouviu falar sobre incontinência urinária, ou seja, a perda involuntária de urina que pode acometer homens e mulheres de todas as idades e apresentar variadas causas. Há cura na maioria dos casos e, em situações mais complexas, contamos com tratamentos eficazes, seguros e que mantêm (ou devolvem) a qualidade de vida.
A incontinência urinária atinge aproximadamente 5% da população mundial de todas as idades, acometendo com mais frequência mulheres e idosos, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). São 10 milhões de brasileiros com esta condição.
Para marcar o Dia da Incontinência Urinária, comemorado no dia 14 de março, o SanSaúde conversou com o médico urologista Dr. Paulo Afonso Silveira Filho. “É a perda de urina involuntária, quando a gente não está em um ambiente apropriado, causando constrangimento social, seja no trabalho, na rua ou em outros locais”, disse.
Ele destacou que o diagnóstico é feito pela história clínica e entrevista. “São solicitados exames de urina e cultura. Nos homens, examinamos pênis, próstata e nas mulheres, a vulva. Fazemos um estudo dinâmico, avaliando o tamanho da bexiga, capacidade, vazão, fluxo, toda a sua fisiologia”, complementou.
Causas
A eliminação da urina é controlada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser comprometida nas seguintes situações:
– Comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;
– Gravidez e parto;
– Tumores malignos e benignos;
– Doenças que comprimem a bexiga;
– Obesidade;
– Tosse crônica dos fumantes;
– Quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;
– Bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;
– Infecção do trato urinário;
– Prisão de ventre;
– Estresse emocional;
– Procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino.
Conheça os tipos:
Incontinência urinária de esforço: esse tipo de perda urinária ocorre quando a pessoa não tem força muscular pélvica para reter a urina. Sendo assim, as perdas urinárias serão desencadeadas por atividades como espirrar, tossir, rir, levantar pesos ou fazer algo que põe a bexiga sob pressão ou estresse
Incontinência urinária de urgência: é um desejo tão forte e repentino de urinar que a pessoa não consegue chegar ao banheiro. Pode ocorrer também quando há uma pequena quantidade de urina na bexiga.
Incontinência urinária por transbordamento: esse tipo de incontinência ocorre quando a bexiga está sempre cheia, ocorrendo vazamentos. Também pode acontecer de a bexiga não se esvaziar por completo, o que leva ao gotejamento.
Incontinência urinária funcional: A incontinência funcional ocorre quando uma pessoa reconhece a necessidade de urinar, mas está impossibilitada de ir ao banheiro devido a alguma doença ou complicação que a impede de chegar ao banheiro por conta própria.
Incontinência mista: as perdas urinárias ocorrem durante um esforço e também na presença de urgência.
Tratamento
O tratamento da incontinência urinária depende do tipo de incontinência, da sua gravidade e da causa subjacente.
Prevenção
Dr. Paulo ressaltou que a prevenção é uma vida saudável. “Controle de peso, com uma dieta balanceada e rica em fibras. A constipação intestinal aumenta a chance de incontinência urinária. Além disso, a prática de exercícios físicos regularmente auxilia muito e regular os intervalos entre as micções. Não espere apenas a vontade de urinar para ir ao banheiro”, finalizou.