Técnico da Argentina faz mistério sobre Di María e diz que jogo com Austrália é “tudo ou nada” 

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Lionel Scaloni em entrevista coletiva da Argentina — Foto: REUTERS/Gareth Bumstead

Atacante saiu com dores do jogo com a Polônia e é dúvida para o compromisso de mata-mata. Argentina volta a campo às 16h, neste sábado, no Estádio Ahmad Bin Ali.


A Argentina definirá a escalação titular para o confronto diante da Austrália, válido pelas oitavas de final da Copa do Mundo, somente horas antes de a bola rolar. O confronto está marcado para as 16h, no Estádio Ahmad Bin Ali, e o técnico Lionel Scaloni tem uma grande dúvida: a presença de Ángel Di María.

O atacante saiu com dores da vitória de quarta-feira contra a Polônia, que assegurou a liderança do Grupo C aos argentinos, e é dúvida para o compromisso. O camisa 11 vai passar por avaliação nesta sexta e até no sábado para saber se terá condições de jogo.

“Tivemos um dia de recuperação para a maioria. Quem não jogou muito, foi a campo. Só pensamos em analisar a Austrália. Agora vamos treinar e teremos um panorama de como estão os jogadores e a recuperação não só de Ángel, mas de todos. Depois decidiremos a equipe para enfrentar a Austrália amanhã (sábado)”, declarou Lionel Scaloni.

“Di María saiu com cores, mas contratura é outra palavra. Vamos esperar hoje e amanhã. Se ele estiver disponível, com certeza jogará, mas agora não posso te dizer porque não temos um panorama claro e atualizado”, acrescentou o treinador argentino.

Scaloni aproveitou a entrevista para reclamar novamente do calendário. A Argentina saiu de campo na quarta-feira, às 18h, e retorna pouco menos de 72h depois para encarar a Austrália por um lugar nas quartas de final do Mundial.

“Austrália jogou às 18h (do Catar) sendo segundo do grupo e nós 22h sendo o primeiro. Eu fui dormir 4h de quinta-feira, então a quinta foi o dia inteiro de recuperação para todos. Ficamos com a família, focamos no descanso”, comentou o treinador. “Agora terminou a fase de grupos, agora é tudo ou nada. Espero que a gente vá bem”, acrescentou Scaloni.

Sobre a Austrália, Scaloni adotou um tom respeitoso e elogiou a equipe da Oceania. A Argentina deve fazer adaptações no time para conter, principalmente, o jogo de velocidade pelas pontas do time que eliminou Dinamarca e Tunísia no Grupo D.

“É um time que tem bons jogadores. Há atacantes de velocidade, como pela direita, atletas pelo meio com experiência e que jogam em alto nível. Sobretudo é um time. Quando você enfrenta um time, um conjunto de jogadores que sabem o que querem, é sempre mais difícil”, sentenciou o treinador.

“Eu não estou surpreso, porque a Austrália fez uma boa eliminatória e é uma boa seleção. Eles ficaram próximos de se classificar diretamente. É um time que tem tradição em Mundiais e por isso se torna um adversário difícil. Temos que jogar e fazer o melhor possível”, acrescentou.

A Argentina luta para retornar às quartas de final de um Mundial depois de cair nas oitavas há quatro anos, em derrota para a França. Em 2014, quando o time passou para o grupo dos oito melhores, a alviceleste só parou na final diante da Alemanha e ficou com o vice-campeonato.