Santos suspende contrato de zagueiro Eduardo Bauermann 

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Eduardo Bauermann em chamada de vídeo em um dos celulares dos acusados manipulação de resultados de jogos — Foto: Reprodução/MPGO

Jogador é réu na Operação Penalidade Máxima II, que investiga esquema de apostas; ele já estava afastado do elenco desde a semana passada.


Santos suspendeu nesta terça-feira o contrato do zagueiro Eduardo Bauermann. O jogador é réu na Operação Penalidade Máxima II, do Ministério Público, que investiga a participação de jogadores e apostadores num esquema de apostas esportivas no futebol brasileiro.

Eduardo Bauermann já estava liberado das atividades do Santos e não treinava com os companheiros no CT Rei Pelé, enquanto se defende na Justiça das acusações de participação no esquema de apostas.

Por que Bauermann é réu?

O jogador foi procurado por um apostador no segundo semestre do ano passado e teria recebido R$ 50 mil para receber um cartão amarelo no jogo contra o Avaí, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro 2022.

O zagueiro do Santos não cumpriu o acordo e, para compensar as perdas da quadrilha, teria se oferecido para tomar um cartão vermelho no jogo seguinte do Peixe, contra o Botafogo, no Rio de Janeiro. Naquela ocasião, no dia 11 de novembro, Bauermann foi expulso por reclamação após o apito final do confronto.

Algumas casas de apostas não contabilizam as advertências recebidas após o término do jogo. Diante da situação, o jogador do Santos assumiu uma dívida com os apostadores para cobrir o prejuízo, ofereceu 15% dos seus direitos e acordou pagar R$ 50 mil mensalmente ao grupo até quitar o valor de R$ 1 milhão.

Ao Ministério Público de Goiás, o zagueiro reservou o direito de ficar em silêncio durante o interrogatório. O processo está em curso, mas ainda não há uma data para que a Justiça convoque o atleta para depor em sua defesa.

Quem mais é investigado? 

Além de Bauermann, outros atletas de clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro são réus no caso. A Operação Penalidade Máxima II também denunciou empresários e ex-jogadores envolvidos com a manipulação de ações do jogo, tais como o recebimento de cartões, o número de escanteios e a marcação de pênaltis. 

Em paralelo à investigação, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) criou uma ouvidoria para apurar todas as denúncias no âmbito esportivo. O pleno do STJD solicitou a todos os Tribunais Desportivos do país que enviem informações sobre cada um dos casos. 

Além disso, a procuradoria do STJD solicitou a suspensão de oito atletas citados na operação. São eles: Eduardo Bauermann, Moraes, Gabriel Tota, Paulo Miranda, Igor Cariús, Matheus, Fernando Neto e Kevin Lomónaco. 

*Com informações do ge