Ramón Díaz vê oscilação e explica tropeço do Corinthians na Venezuela: “Deixamos de correr” 

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Ramón Díaz, técnico do Corinthians, antes de estreia na Libertadores — Foto: Divulgação/Conmebol

Treinador argentino deixa claro que não gostou do desempenho da equipe no segundo tempo, porém relativiza resultado ruim fora de casa em estreia na Libertadores.


O técnico Ramón Díaz foi muito claro ao explicar o empate do Corinthians por 1 a 1 com a Universidad Central, da Venezuela, nesta quarta-feira, na estreia da Conmebol Libertadores. De acordo com o comandante, a oscilação no segundo tempo foi determinante para que o Timão deixasse a vitória escapar e saísse de Caracas com uma sensação de tropeço. 

“Deixamos de correr. Deixamos de ter dinâmica, de ser intensos. Parecia que estávamos melhores, queríamos recuperar, não podemos dar vantagem. Um equívoco e podem fazer o gol, praticamente na última chegada. Me preocupou muito a intensidade de jogo no segundo tempo, de não gerar o futebol que geramos no primeiro”, argumentou o argentino. 

Apesar do claro descontentamento com o desempenho da equipe em campo, Ramón Díaz afirmou que o resultado em si não foi tão ruim. Afinal, o Corinthians decide a vaga em casa na próxima quarta-feira e segue como amplo favorito no confronto diante dos venezuelanos.  

“Demos expectativa de vencer no primeiro (tempo), mas o resultado não é ruim. Agora jogamos de local, com nossa torcida, tivemos viagem, um monte de situações. Não são desculpas, estou preocupado pela queda no segundo tempo, mas vamos procurar melhorar.” 

Em campo, o Corinthians foi visivelmente superior na etapa inicial e, sem grandes dificuldades, abriu o placar com André Carrillo aproveitando passe de Memphis Depay dentro da área. Daí em diante, a equipe passou a desperdiçar oportunidades claras e foi dando espaço à equipe adversária.   

Na etapa final, a sensação foi de que o Corinthians tirou o pé e, pouco a pouco, foi perdendo intensidade. Em uma falha de marcação da defesa, a UCV achou um cruzamento para dentro da área, Zapata cabeceou com força, Hugo Souza fez grande defesa, porém o rebote foi direto na perna de João Pedro Tchoca, que não teve tempo hábil para evitar o gol contra.  

“Foram dois tempos, um de uma forma e outro de outra. A formação da equipe é evidente, vimos os três jogos anteriores, sabíamos como seria a formação dessa equipe, sabíamos que as equipes na Copa são complicadas até o fim. Gostei do primeiro tempo, tivemos situações, mas não tão claras nas definições quanto nas outras vezes.” 

“O mata-mata são 180 minutos, teremos a possibilidade de jogar lá com nossa torcida. Há que analisar bem por que tivemos dois tempos. No segundo tempo, eles nos complicaram com o ritmo e com a determinação. Não geramos futebol, tivemos duas situações apenas. A Copa se joga diferente, os jogos são diferentes. Vamos tentar recuperar para passar quando formos de local”, concluiu Ramón Díaz. 

Com o empate na Venezuela, o clube do Parque São Jorge precisa de uma vitória diante da UCV, na próxima quarta-feira, na Neo Química Arena, para garantir a vaga à terceira fase preliminar da Conmebol Libertadores. Em caso de uma nova igualdade, a decisão do classificado será definida nas penalidades.  

O vencedor do embate entre Corinthians e UCV enfrentará o vencedor do confronto equatoriano envolvendo Barcelona e El Nacional. Quem avançar ficará com uma vaga na fase de grupos da Conmebol Libertadores.  

*Com informações do ge