Crime foi registrado em outubro de 2017, em Araçatuba/SP; policial civil foi morto durante ação. Na época, os criminosos explodiram o prédio da empresa e roubaram R$ 8 milhões.
Oito pessoas acusadas de integrarem a quadrilha responsável pelo mega-assalto a uma empresa de valores de Araçatuba/SP, em outubro de 2017, foram condenadas na segunda-feira (3) a quase 600 anos de prisão com as penas de todos somadas.
Na época, os criminosos, armados com um arsenal de guerra, interditaram a rodovia Marechal Rondon, explodiram o prédio da empresa e roubaram R$ 8 milhões. Um policial civil morreu durante a ação.
De acordo com a decisão judicial, os réus foram condenados por latrocínio, tentativa de latrocínio, explosão e incêndio. Eles não poderão recorrer em liberdade.
Ainda de acordo com a decisão, as sentenças de três deles foram de 82 anos de prisão pela participação do mega-assalto.
Outros dois receberam sentenças de 70 anos de reclusão, seguidos por outro homem condenado a 69 anos. Além disso, foram condenados a 58 anos de prisão outros dois envolvidos no crime.
Conforme a decisão, duas pessoas foram absolvidas por falta de provas.
Em setembro de 2020, a Justiça já havia sentenciado três pessoas por envolvimento no caso. Uma delas pegou 82 anos de prisão, já os outros dois réus serão julgados. Outros três integrantes da quadrilha permanecem foragidos.
Crime
O assalto aconteceu na madrugada do dia 16 de outubro de 2017. Cerca de 30 criminosos incendiaram veículos para bloquear a saída de viaturas do quartel da Polícia Militar, que fica perto do local do roubo.
Os suspeitos também atiraram contra a entrada do quartel para impedir a saída dos policiais, e houve troca de tiros. Na sequência, outro grupo foi até a empresa de valores e usou dinamite para explodir o prédio.
O policial civil André Luís Ferro da Silva, do GOE (Grupo de Operações Especiais), estava de folga no dia e foi baleado durante a ação e morreu. Além do policial, duas mulheres ficaram feridas durante a ação, atingidas por estilhaços de balas.
Os criminosos também usaram um caminhão canavieiro para bloquear a pista da Rodovia Marechal Rondon, no sentido Birigui/SP a Araçatuba. O grupo rendeu o motorista e deixou o veículo atravessado na pista, depois o incendiaram, impedindo a chegada da polícia.
O Ministério Público denunciou em 27 de agosto de 2018 um total de 18 pessoas, sendo que 15 por latrocínio consumado, latrocínios tentados, incêndio e explosão. Outros três, além desses crimes, por associação criminosa.
*Com informações do g1