Poliana Lima é proprietária de uma Esmalteria que fica na Rua Alagoas em Votuporanga, além de trabalhar com serviços de manicure ela mantém profissionais, como cabeleireiros, esteticista, design de sobrancelha e depilação.
A empresa está no mercado há 6 anos, mas ela assumiu a direção há três. “No dia 14 de março já estava maior boato desse vírus, e naquela semana postei que os atendimentos a partir daquela data seriam individuais e com os devidos cuidados, mas a semana foi super parada, os clientes já estavam com medo. Na outra segunda-feira (23/03) o prefeito decretou o fechamento do comércio e com dor no coração, fui pra casa chorando. Um novo decreto 3 dias depois nos enquadrou como serviço essencial, atendemos entre os dias 27 de 28 com poucas clientes pelo risco de aglomeração, as clientes também estavam com medo”.
“Eu pensei que em 15 dias resolveria, mas foram 15, 30, 45…. atendíamos, mas nosso faturamento despencou 50%. Na sei precisar em que dia de abril, o prefeito baixou outro decreto e fomos obrigados a fechar as portas, foram dois dias parados e liberou novamente. Quando foi no final do mês de maio fomos obrigados a fechar novamente e até hoje estamos nesta situação. Desde dia 01/06 não atendemos na Esmalteria, se abrir leva multa, os fiscais estão em cima. Já são 50 dias sem atendimentos. E sempre aguardando passar 14 dias para um novo anuncio de flexibilização para saber se podemos voltar atender! Agora poderá ser dia 24, mas só Deus mesmo para acalmar nosso coração e nos ajudar a passar por este momento complicado”, lamenta.
De 11 profissionais (que tem famílias): 6 manicures, 2 cabeleireiros, uma esteticista, uma design de sobrancelhas, hoje estamos apenas em 7, uns foram embora, outros arrumaram serviços registrados e aos poucos o negócio vai se desmanchando”.
“Então resolvemos nos reinventar e partir para atender os clientes em suas casas, não se sabe até quando vai durar essa pandemia, então cercadas de todos os cuidados realizamos alguns serviços. Enquanto não sair a vacina não vai existir sossego”.
“Acho injusto tantos lugares com aglomerações e nós salões, barbearias, não podermos atender sendo que trabalhamos com horários marcados e em salas separadas para não ter problema. Estamos aqui esperando a cada 14 dias um novo decreto, mas parece que essa pandemia não tem mais fim”.