
A empresa META LTDA deve entregar o lote 01, composto por camisetas e bermudas para atender aos alunos dos ensinos “fundamental” e “infantil” matriculados na rede municipal de ensino no ano letivo de 2025, durante o período de 12 meses.
Jorge Honorio
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A Prefeitura de Votuporanga/SP publicou, nesta terça-feira (7.out), no Diário Oficial Eletrônico do Município a contratação da META LTDA como responsável pelo lote 01 de uniformes escolares, composto por camisetas e bermudas para atender aos alunos dos ensinos “fundamental” e “infantil” matriculados na rede municipal de ensino no ano letivo de 2025, durante o período de 12 meses.
A contratação promete, apesar de não ter data definida para entrega, colocar fim, ou pelo menos aplacar, as reclamações de país e responsáveis, além de apontamentos incisivos de vereadores, sobre a demora do fornecimento do uniforme escolar, uma vez que, uma série de imbróglios impediu que as peças fossem entregues aos alunos no início do ano letivo, em janeiro.
Conforme amplamente noticiado pelo Diário, o atraso, aliás, é assunto recorrente durante as sessões da Câmara e motivo de brincadeiras e ironias no parlamento. Recentemente, a vereadora Débora Romani (PL) pediu que a Prefeitura cancelasse a contratação e deixasse para o ano que vem. O vereador Cabo Renato Abdala (PRD) anunciou há cerca de um mês atrás, na tribuna, a empresa que assumiria o contrato. Já Wartão (União Brasil), por sua vez, fez reiteradas críticas sobre o atraso da entrega dos uniformes e chegou a traçar um paralelo entre a falta da vestimenta e de vagas nas creches: “Para que uniforme, se não tem vaga? Até o ano que vem, chega!”
Diante do atraso da entrega dos uniformes escolares, os vereadores chegaram a sugerir, por meio de indicação do vereador Marcão Braz (PP), que recebeu apoio de grande parte da Casa de Leis, a criação do ‘bolsa uniforme’.
Por meio de uma indicação assinada por diversos vereadores, foi solicitado ao prefeito Jorge Seba (PSD) que promovesse estudos técnicos e administrativos para a criação de um cartão exclusivo destinado à compra dos uniformes antes do início do próximo ano letivo.
Segundo o projeto, a iniciativa surge como resposta aos frequentes atrasos enfrentados nos últimos anos no processo de distribuição de uniformes escolares, situação que tem gerado insatisfação entre pais e responsáveis.
Em 2025, por exemplo, muitas crianças iniciaram o ano letivo sem os trajes padronizados, o que resultou em constrangimentos e, em muitos casos, sobrecarga financeira para famílias que precisaram comprar peças por conta própria.
A proposta sugeria substituir o modelo tradicional — baseado em licitação, confecção em larga escala e logística de entrega — por um sistema mais moderno e eficiente.
Com o bolsa uniforme, os pais e responsáveis poderiam adquirir diretamente os uniformes em estabelecimentos credenciados da cidade, com valor pré-definido e controle sobre o uso do recurso.
A medida também traria benefícios adicionais como o fortalecimento do comércio local, maior autonomia às famílias, liberdade de escolha dos tamanhos adequados e redução dos custos operacionais da Prefeitura.
Além disso, a proposta ressalta que a padronização do vestuário nas escolas é essencial para promover a identidade institucional e, sobretudo, para diminuir desigualdades socioeconômicas, garantindo um ambiente mais inclusivo e equitativo entre os estudantes.
O ‘bolsa uniforme’ já funciona com sucesso em diversos municípios paulistas e até em outros estados do Brasil, como por exemplo, em Goiás. Sendo visto como uma alternativa prática, econômica e transparente, permitindo inclusive o rastreamento dos valores transferidos e das compras realizadas.