Policiais de Votuporanga integram operação do Gaeco que faz buscas nas santas casas de Birigui e Penápolis contra supostos desvios de verba da saúde

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Policiais civis iniciaram uma operação na última segunda-feira (29) para cumprir mandados de busca e apreensão na Santa Casa de Birigui e também em Penápolis/SP pela operação Raio X, que investiga um grupo criminoso especializado em desviar dinheiro destinado à saúde.

A operação é em conjunto com o Ministério Público Estadual (Gaeco). Segundo o MP, o crime ocorre por meio de contratos de gestão entre municípios e organizações sociais.

Na região noroeste paulista, a concentração do material apreendido é feita na delegacia de Araçatuba/SP, que coordena a ação. Foram apreendidos documentos, computadores e carros.

Algumas pessoas foram levadas para a delegacia, mas ainda não há informações de prisão. A Polícia Civil ainda não deu detalhes da operação na região.

Mandados também foram cumpridos em outras partes do Estado de São Paulo e do país. Na capital paulista, a Polícia Civil cumpre mandados de busca na secretaria estadual da Saúde de São Paulo e na Câmara Municipal.

No legislativo, segundo os investigadores, o alvo é um funcionário do gabinete do vereador Eliseu Gabriel (PSB). O vereador não é investigado. Já na secretaria estadual de Saúde, os alvos são uma médica e uma advogada, funcionárias da pasta.

Na região de Bauru/SP, equipes da Polícia Civil estão fazendo buscas na Câmara de Vereadores de Agudos/SP e também nas casas de alguns parlamentares da cidade.

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Bauru está cumprindo 30 mandados de busca e apreensão em Agudos e Bauru. Duas pessoas foram presas, até as 8h30, e outras duas ainda não foram localizadas. A operação conta também com apoio da Polícia Federal do Pará. O governador Helder Barbalho (MDB) é investigado, mas não há mandados contra ele. Os mandados de prisão e busca e apreensão também estão sendo cumpridos nos estados do Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

No Paraná, 24 mandados foram expedidos em todo o estado, 15 de busca e apreensão e outros nove de prisão somente em Curitiba.

A investigação, que durou cerca de dois anos com inquéritos em Penápolis e Birigui, identificou um esquema de corrupção envolvendo agentes públicos e o desvio de milhões de reais em prejuízo da saúde.