Mandados são cumpridos em Santa Fé do Sul, Santa Clara d’Oeste, Votuporanga, Bebedouro, Araçatuba, Casa Branca, Americana, Santana de Parnaíba e São Paulo; segundo a PF, são quatro mandados de prisão e 23 de busca e apreensão.
A Polícia Federal de Jales/SP prendeu na manhã desta quinta-feira (11) um empresário suspeito de envolvimento em pirâmide financeira e outras três pessoas ligadas ao esquema. O grupo movimentou mais de R$ 100 milhões nos últimos quatro anos, conforme a PF.
São quatro mandados de prisão, uma preventiva e três temporárias, expedidos pela Justiça Estadual em Santa Fé do Sul/SP. Também foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão.
Os mandados são cumpridos em Santa Fé do Sul, Santa Clara d’Oeste, Votuporanga, Bebedouro, Araçatuba, Casa Branca, Americana, Santana de Parnaíba e São Paulo.
O alvo da operação Ponzi é uma empresa que promove pirâmide financeira. Participam da ação a Polícia Federal, Polícia Civil e Ministério Público.
Prisões e apreensões
O empresário Eduardo Bercelli Mendes, de 26 anos, investigado como líder do esquema, e Murilo Dantas Oliveira, de 29, apontado como diretor geral do grupo investigado, foram presos na saída de uma casa de shows em São Paulo na manhã desta quinta-feira.
A dupla foi presa por policiais federais à paisana e está sendo levada até a sede da PF em Jales, onde serão ouvidos. Os outros presos são a ex-esposa do empresário e a diretora financeira do grupo.
Os presos vão ser indiciados pelos crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, estelionato, crime contra a economia popular e organização criminosa. Se condenados, as penas somadas podem chegar a 24 anos de reclusão.
A PF também localizou uma mansão, chácaras e um terreno às margens do Rio Paraná, além de vários carros de luxo e uma aeronave que serão apreendidos. Três embarcações de grande porte também foram apreendidas com o apoio de equipes da Polícia Militar Ambiental de Fernandópolis.
Investigação
A PF apurou que o empresário preso abriu, em dois anos, dezenas de empresas e filiais em várias cidades do interior paulista.
As empresas têm como fachada a oferta de serviços de créditos de bancos diversos, mas toda a estrutura era voltada para convencer as vítimas a entregarem suas economias.
Em troca, a rede oferecia altas taxas de juros remuneratórios que chegavam até 6% ao mês. Os valores eram pagos com recursos de novos investidores, caracterizando um esquema de pirâmide financeira.
*Informações/g1