Júri popular, que durou mais de 10 horas, condenou o pai a 54 anos e a mãe a 30 anos de prisão por homicídio qualificado tentado e lesão corporal grave.
Os pais acusados de agredir a filha de 40 dias de vida em São José do Rio Preto/SP, no início de 2023, foram condenados por homicídio qualificado tentado e lesão corporal grave em júri popular nesta quinta-feira (28.nov). O pai foi condenado a 54 anos e a mãe a 30 anos de prisão.
O julgamento durou mais de dez horas e os réus Guilherme Vieira Soares, de 29 anos, e Kelly Andressa da Silva Conceição, de 25 anos, foram defendidos separadamente por dois advogados nomeados pela Defensoria Pública.
A primeira testemunha ouvida no julgamento foi a mãe afetiva da criança, que cuida da criança desde a prisão da mãe biológica. A criança ficou com várias limitações físicas e neurológicas por conta das agressões que sofreu.
O casal foi condenado por homicídio qualificado tentado e lesão corporal grave. Guilherme continuará cumprindo pena na penitenciária de Lavínia e Kelly, no presídio de Tremembé.
O caso
O caso chegou ao conhecimento da polícia no dia 7 de fevereiro de 2023, após a mãe da menina registrar um boletim de ocorrência. Na ocasião, a polícia teve acesso a um vídeo no qual Guilherme aparece chacoalhando com muita força o bebê conforto em que a filha estava.
Na época, a bebê ficou internada no Hospital da Criança e Maternidade de Rio Preto (HCM), com múltiplas fraturas e um coágulo no cérebro.
Na época do crime, as investigações da polícia apontaram que Kelly Andressa só procurou as autoridades e solicitou o registro da ocorrência depois de ser pressionada pelos familiares.
Uma semana após o início das investigações, os pais foram ouvidos. A Justiça decretou a prisão preventiva dos dois no dia 13 de fevereiro de 2023.
Em março de 2024, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) acatou a denúncia do Ministério Público (MP) e, com a decisão, estabeleceu que o casal deveria ser submetido a júri popular.
Em depoimento à polícia, a mãe apresentou contradições e, depois de várias investigações, a conclusão foi de que o pai cometia as agressões com a permissão dela.
*Com informações do g1
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