Técnico português afirma não saber “se é verdade” o interesse do Brasil, que tem próximo comandante indefinido após a renovação de Carlo Ancelotti com o Real Madrid.
A renovação de Carlo Ancelotti com o Real Madrid tirou o italiano do posto de plano A para comandar a seleção brasileira nos próximos anos e abriu lugar para especulações sobre quem será o próximo técnico do Brasil. O nome de José Mourinho foi um dos que surgiu entre os rumores, inclusive na imprensa italiana, mas o próprio português indicou que não foi procurado.
“Sobre o Brasil, não sei se é verdade ou não. Não falaram comigo. Eu disse ao meu agente que enquanto não soubermos que um clube está interessado, que ele não deveria falar com ninguém enquanto eu estiver aqui”, disse Mourinho após comandar a Roma na vitória sobre o Cremonese.
O jornal “Corriere dello Sport”, entretanto, apontou que representantes da CBF chegaram a fazer uma consulta a Jorge Mendes, empresário de Mourinho, sobre o futuro do treinador. O português tem contrato com a Roma até o meio do ano e ainda não avançou nas negociações para uma renovação.
Ele teria divergências com a diretoria, segundo a imprensa italiana. E ao ser perguntado sobre a chance de os donos do clube procurarem um substituto nos próximos meses, desconversou.
“Não tenho motivos para pensar que o clube não seja tão honesto quanto eu. Confio 100% na honestidade deles, mas isso não significa que eles me queiram aqui. Não acho que falem com outros treinadores pelas minhas costas, mas ainda não assinei (uma renovação).”
O acerto com Ancelotti com o Brasil era defendido desde o meio do ano por Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF à época e atualmente destituído do cargo. Segundo o dirigente, o treinador aceitou comandar a seleção brasileira após o término do contrato com o clube espanhol. Legalmente, o italiano não pode assinar nenhum contrato até seis meses antes do fim de tal vínculo. No entanto, a entidade entendia já ter garantias do negócio.
A CBF vive impasse pela decisão da Justiça que tirou Ednaldo Rodrigues da presidência, mas não é reconhecida pela Fifa pela Conmebol. As duas entidades internacionais marcaram visita para janeiro, quando uma eleição poderá ser marcada. Os pré-candidatos são Reinaldo Carneiro Bastos e Flávio Zveiter.
Até que essa situação seja resolvida, não há qualquer previsão sobre o futuro da seleção brasileira. Internamente, a CBF reitera que todos os contratos estão mantidos dos técnicos de suas seleções. Fernando Diniz assinou até o início de junho para comandar a equipe principal do Brasil.
*Com informações do ge