Por volta das 21h45 desta sexta-feira (6), o presidente do Tribunal do Júri, o Juiz da 1ª Vara Criminal de Votuporanga/SP – Jorge Canil – fez a leitura da sentença para Stephany Cristina Oliveira Lima, de 31 anos, acusada de ter matado o filho Diogo Lima Moraes, de 5 anos (à época), em Valentim Gentil/SP.
A ré foi julgada por homicídio triplamente qualificado – motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Também pesou contra ela, a acusação dela ter usado meios de tortura e abuso de autoridade contra o filho.
A sessão de julgamento começou às 10h na sala de audiência. A acusação foi feita pelo promotor de Justiça Eduardo Martins Boiati e a defesa por parte do advogado Yan Lívio Nascimento.
Stephany Cristina Oliveira Lima aguardava julgamento presa na penitenciária de Tremembé/SP. Contudo, com a condenação de 20 anos em regime inicial fechado, ela volta à unidade prisional.
Ainda durante a leitura da condenação, Canil, explicou que a sentença não é definitiva e passível de recurso.
Após o encerramento o promotor Eduardo Martins Boiati, se demonstrou satisfeito com o trabalho e, salientou que analisará tecnicamente se haverá recurso. Já por parte da defesa, Yan Lívio Nascimento, esclareceu que irá recorrer nas instâncias superiores de Justiça.
O crime
Stephany Cristina trabalhava como monitora de creche em Valentim Gentil, cidade onde, segundo a polícia o crime ocorreu em 16 dezembro de 2018, causando imensa repercussão e comoção pública em toda região.
Na época, a mulher foi presa no HCM (Hospital da Criança e Maternidade) de São José Rio Preto/SP, suspeita de ter causado a morte do filho, Diogo Lima Moraes, de 5 anos. A criança chegou a ficar internada e morreu devido a lesões na cabeça.
Ela foi atendida na tarde de um domingo, com machucado na cabeça no pronto-socorro de Valentim Gentil. Em depoimento à polícia, a mãe disse em um primeiro momento que o filho tinha se machucado após queda de bicicleta, mas vizinhos teriam dito que ouviram a mulher bater violentamente a cabeça do filho contra a parede de um dos cômodos da casa.
Devido ao agravamento do estado de saúde, a criança foi transferida de Valentim Gentil para a Santa Casa de Votuporanga, depois levada ao HCM. Depois da morte da criança, a equipe médica do HCM cumpriu o protocolo do Ministério da Saúde, que determina a comunicação à polícia da morte suspeita de criança.