Leila ataca jogadores que criticaram gramado sintético: “Já deveriam ter parado de jogar”

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Jogadores postam imagem pedindo o fim dos gramados sintéticos — Foto: Reprodução

Presidente do Palmeiras diz que “atletas que reclamam são mais velhos”. Manifesto coletivo no mês passado foi compartilhado por Neymar, Thiago Silva, Coutinho, Bruno Henrique, Gabigol, entre outros.


Presidente do Palmeiras, Leila Pereira atacou os jogadores que se uniram no mês passado em um movimento pedindo o fim dos gramados sintéticos no Brasil. Entre os atletas que compartilharam o manifesto estão Neymar, Thiago Silva, Coutinho, Bruno Henrique e Gabigol. Após participar de uma reunião do Conselho Técnico da CBF na tarde desta quarta-feira no Rio de Janeiro, a dirigente afirmou: “Normalmente os atletas que reclamam são mais velhos, eu até compreendo que eles querem prolongar ainda mais a vida profissional deles, então eles acham que isso pode encurtar a vida útil deles como atleta. Mas normalmente são atletas que já deveriam ter parado de jogar futebol ao invés de ficar reclamando do gramado. Levando em conta que no Brasil a realidade é outra, se os gramados europeus são tão bons, ótimo, fiquem lá, não venham para cá. Eu me refiro aos jogadores que fizeram aquele manifesto, sem comprovação científica absolutamente nenhuma, de que gramado sintético é prejudicial à vida do atleta.”

A questão do gramado sintético foi um dos temas do encontro desta quarta na sede da CBF com os 20 times da Série A. O Palmeiras está entre os seis clubes eleitos para formarem o conselho (ao lado de Flamengo, Fortaleza, Internacional, São Paulo e Vasco) que vai estudar a fundo o tema ao longo de 2025.

“Foi falado sobre o gramado sintético, o doutor (Jorge) Pagura fez uma bela apresentação, era o estudo que a CBF fez sobre a diferença de um gramado para outro. E, concluindo, não existe nenhuma comprovação de que o gramado sintético causa qualquer dano para o atleta. Mas não houve votação se o gramado sintético sai, houve um compromisso do Conselho Nacional de Clubes de aprofundar nesse assunto e chegar a uma conclusão onde todos os clubes sejam atendidos. Porque, gente, o problema é o seguinte: não é possível você comparar gramados europeus com a situação brasileira, é muito melhor você ter um gramado sintético de primeira linha do que jogar em gramados naturais esburacados. Isso é uma coisa óbvia. A gente tem que discutir, sim, a qualidade dos gramados no Brasil, não se o sintético é melhor do que o natural”, concluiu Leila.

Na postagem do grupo de jogadores pedindo o fim do gramado sintético no Brasil, os atletas criticam os rumos que o futebol brasileiro está tomando e pedem que os jogadores sejam mais ouvidos. O texto compartilhado também destaca a seguinte frase: “Juntos pelo espetáculo. Futebol é natural, não sintético”.

Confira abaixo o texto na íntegra:

“Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos. 

Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim. 

Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste. 

Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam. 

FUTEBOL PROFISSIONAL NÃO SE JOGA EM GRAMADO SINTÉTICO!” 

*Com informações do ge