A pedido da CBF, entidade se compromete a abrir procedimento após banana atirada em gramado após gol de Richarlison em goleada da seleção brasileira.
A pedido da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a Fifa (Federação Internacional de Futebol) vai abrir uma investigação a respeito do ato racista cometido contra os jogadores da Seleção durante o amistoso Tunísia 1 x 5 Brasil. Após o segundo gol brasileiro, marcado por Richarlison, uma banana foi atirada no gramado na comemoração.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, teve um encontro com o mandatário máximo da Fifa, Gianni Infantino, na manhã de quarta (28.set), em Paris. Na ocasião, o dirigente brasileiro pediu uma reação da entidade.
Uma carta assinada por Ednaldo foi enviada à Fifa na qual cita o artigo 4º do estatuto da entidade, que proíbe qualquer tipo de discriminação. O texto também cita o artigo 15º do regulamento que rege os estatutos da Fifa, que prevê a punição em casos de racismo.
As sanções previstas vão de uma multa mínima de 20 mil francos suíços (R$ 109 mil) a jogos com portões fechados, ou perda de pontos, em caso de partidas por competições oficiais.
O time do Brasil entrou em campo contra a Tunísia com uma faixa antirracista: “Sem nossos jogadores negros, não teríamos estrelas na nossa camisa”. Além disso, o uniforme que os atletas entraram em campo tinha uma fita tapando as cinco estrelas, representando as cinco Copas conquistadas, no escudo da CBF.
As ações foram motivadas, sobretudo, pelo racismo sofrido por Vinicius Junior na Espanha. A banana atirada no gramado ocorreu depois desses episódios.