Chefe de Arbitragem da entidade, Pierluigi Collina diz que ferramenta ainda está em aperfeiçoamento e deve ser usado na Copa do Mundo. Sistema detecta 50 frames por segundo.
A Fifa está satisfeita com o desempenho da tecnologia de impedimento semiautomatizado (SAOT, na sigla em inglês), que está em testes no Mundial de Clubes. Nesta quarta (8.fev), a entidade fez uma demonstração no estádio Mohammed Bin Zayed, em Abu Dhabi. Embora a ferramenta seja um sucesso até agora, o Chefe de Arbitragem, Pierluigi Collina, reitera que os árbitros ainda têm o poder de decisão.
“Os árbitros e os árbitros assistentes ainda são responsáveis pela decisão no campo de jogo”, declarou o italiano.
“A tecnologia só lhes dá suporte valioso para tomar decisões mais precisas e rápidas, principalmente quando o incidente de impedimento é muito apertado e muito difícil”, completou o ex-árbitro.
O sistema foi utilizado pela primeira vez na Copa Árabe, em dezembro do ano passado. A ideia é aperfeiçoá-lo para a Copa do Mundo, a partir de novembro. A tecnologia conta com 10 câmeras dedicadas, mas também usa as câmeras da transmissão de televisão.
O recurso detecta 18 pontos de dados de cada jogador, que fornecem sua posição em campo. Para a Copa do Mundo, a Fifa espera ampliar esse número para 29 pontos em cada atleta. Esses dados, coletados 50 vezes por segundo, são então retransmitidos para um árbitro de vídeo específico para decisões de impedimento. Ele, no fim, faz sua recomendação ao VAR principal e o árbitro de campo.
A Fifa também está testando o uso de animações em 3D que ilustram quando um jogador está dentro ou fora de jogo. Tais imagens são exibidas nos telões dos estádios e na transmissão de TV.
“Introduzimos uma animação de impedimento, que não está relacionada ao processo de tomada de decisão, mas certamente oferece uma melhor compreensão e uma visão mais clara da decisão de impedimento. Então, uma vez tomada a decisão, esse tipo de animação começa a ser produzida e, alguns segundos depois, pode mostrar melhor o que aconteceu do que usar as linhas 2D normais”, comentou Colina.
*Informações/ge