Estudo associa consumo de ultraprocessados a risco de desenvolver 25 tipos de câncer

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Centro de Oncologia do Austa Hospital de Rio Preto - Foto: Reprodução

Estudo feito pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo demonstra associação do consumo de alimentos ultraprocessados com o maior risco de aparecimento de câncer em 25 partes distintas do corpo.


O que muitas pessoas comentam sobre os alimentos processados como contribuintes para maior possibilidade de câncer foi confirmado. Um estudo feito pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo comprovou que uma dieta composta de alimentos processados ou ultraprocessados está associada ao maior risco de desenvolvimento de vários tipos de câncer, sendo os mais específicos os tumores de cabeça e pescoço, de esôfago, colorretal, fígado e câncer de mama pós-menopausa. A pesquisa foi publicada na edição deste mês da revista científica The Lancet Planetary Health.

Segundo a médica Kathia Abdalla, do Centro de Oncologia do Austa Hospital, de Rio Preto, a pesquisa é de extrema importância porque os resultados apontam não só para a relação de maior risco do consumo de ultraprocessados com o aparecimento tardio de câncer, algo que já era conhecido, como também esse risco pode ser revertido com mudança de hábitos. “O estudo mostra que a substituição de 10% do consumo diário alimentar de ultraprocessados ou processados pela mesma quantidade de produtos in natura e não processados, como frutas, verduras e legumes, esteve associada à redução do risco de desenvolvimento de câncer”, destaca a médica oncologista do Austa Hospital.

A pesquisa, chamada Epic, acompanhou por uma década (de março de 1991 a julho de 2001) 521.324 indivíduos em 23 centros, em 10 países: Alemanha, Dinamarca, França, Grécia, Itália, Holanda, Noruega, Reino Unido, Espanha e Suécia.

Os voluntários foram divididos em quatro grupos de acordo com a média diária de consumo de cada categoria de alimento: no primeiro grupo, a dieta era quase 77% composta de alimentos in natura e menos de 5% de alimentos ultraprocessados; no segundo e terceiro grupos, as proporções de alimentos in natura caíam e de alimentos ultraprocessados aumentavam de modo que, no quarto grupo, a proporção de alimentos in natura era de 63% e mais de um quarto (25,3%) do consumo diário era de alimentos ultraprocessados.

Os pesquisadores acompanharam os pacientes durante estes 10 anos para avaliar o risco de desenvolvimento de 25 tipos de câncer: cabeça e pescoço, esôfago (adenocarcinoma e esquamoso), estômago (dois tipos), cólon, reto, fígado, vesícula, pâncreas, pulmão, rins, bexiga, glioma (medula e cérebro), tireóide, mieloma múltiplo, leucemia, linfoma não-Hodgkin, melanoma, cervical, endometrial, ovário, próstata e mama.

Do total de participantes, 450.111 pacientes, 47.573 (ou 10,5% do total) tiveram algum diagnóstico de câncer e foram acompanhados até 2013.

O estudo mostra, portanto, que a redução dos casos de câncer passa pela mudança de hábitos alimentares pela população, salienta a oncologista do Austa Hospital. O Brasil apresentou avanços no que diz respeito às políticas de alimentação, com o lançamento, em 2006, do Guia Alimentar para a População Brasileira, e posteriormente, em 2009, com a classificação Nova, mas o consumo de ultraprocessados vem aumentando nos últimos anos.

“Enquanto que em países desenvolvidos o consumo diário de ultraprocessados é em torno de 30%, chegando a 60% no Canadá e Estados Unidos, no Brasil, está na faixa dos 20%, mas vem crescendo gradativamente nos últimos anos”, afirma Nathalie Kliemann, primeira autora do estudo e pesquisadora da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Para atender e cuidar dos pacientes oncológicos, o Centro de Oncologia do Austa Hospital, inaugurado este ano, oferece ambiente acolhedor, humanizado, confortável e com toda estrutura necessária para o tratamento da doença.

O Centro de Oncologia reúne equipe multidisciplinar especializada no tratamento do câncer e no relacionamento com o paciente, seus familiares e amigos. Há 16 anos, o Austa Hospital possui uma unidade para tratamento que se tornou referência pela humanização e acolhimento aos pacientes, filosofia que se mantém no Centro de Oncologia.

Os pacientes dispõem de confortáveis instalações, dotadas de todos os equipamentos e infraestrutura necessária ao tratamento. Consultórios e uma ampla sala de infusão com camas e poltronas onde são ministrados os medicamentos proporcionam, além de conforto, a privacidade necessária a cada paciente.

O Centro de Oncologia é totalmente integrado ao Austa Hospital e à Austa Medicina Diagnóstica, o que garante cuidado completo do paciente desde o diagnóstico para confirmação ou não da doença até se houver necessidade de cirurgia, internação em quarto ou UTI e atendimento na emergência.

O Centro de Oncologia do Austa Hospital funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, e dispõe também de estacionamento próprio, também para conforto de seus clientes.

Sobre o Austa Hospital

O Austa Hospital, de São José do Rio Preto, é uma das maiores organizações de saúde da região noroeste do estado de São Paulo e referência do setor em assistência humanizada, qualidade e segurança no atendimento e serviços. Integra a holding de serviços de saúde Hospital Care, que também reúne o Austa Medicina Diagnóstica, o Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC e a operadora de saúde Austa Clínicas, formando o Hub São José do Rio Preto.

O Austa Hospital possui profissionais referenciados em suas especialidades e altamente capacitados e dispõe de moderno centro cirúrgico com sete salas para realizar até grandes procedimentos, alta tecnologia em diagnósticos, 40 leitos em UTIs (adulto e pediátrica/neonatal) e mais 100 leitos de hotelaria, com quartos climatizados, ambiente confortável e seguro, tanto para pacientes quanto para acompanhantes.

Destaca-se também pelos Serviços de Exames de Imagens, com equipe multiprofissional altamente especializada e modernos equipamentos nas áreas de hemodinâmica, cardiologia, endovascular, neurorradiologia, endoscopia, tomografia, ressonância magnética e radiodiagnóstico.

Desde 2004, a instituição está comprometida com as seis metas internacionais de segurança do paciente estabelecidas pela Joint Commission International, em parceria com a OMS. Em 2019, conquistou a Acreditação ONA com Excelência – nível 3, que atesta que o Hospital possui excelência em gestão, com foco em segurança e transparência, buscando sempre a melhoria contínua da qualidade assistencial.

Sobre a Hospital Care

A Hospital Care é uma holding administradora de serviços da saúde que possui atualmente mais de 45 unidades de negócios. Criada em 2017, é a primeira companhia no Brasil a trabalhar com o modelo de gestão baseado nas ACO´s (Accountable Care Organizations) dos Estados Unidos, organizações responsáveis pelo cuidado e compartilhamento de risco com as operadoras. Este modelo integrado de gestão da saúde tem o objetivo de promover o equilíbrio de interesses entre pacientes, médicos, fontes pagadoras, parceiros e acionistas.

Pertencente à gestora Crescera e aos fundos Santa Maria e Abaporu, a Hospital Care tem como estratégia de atuação a presença em cidades que funcionam como polos regionais para a gestão de saúde populacional, como Campinas, Ribeirão Preto, Florianópolis, Curitiba, São José do Rio Preto, Sorocaba e Cascavel, fortalecendo todo o sistema de saúde do país.