Dedo de Luxemburgo: como as substituições do técnico ajudam o Corinthians a manter série invicta 

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Luxemburgo aproveita a boa fase do Corinthians invicto há 11 jogos — Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Timão constrói invencibilidade com a participação direta dos reservas; equipe volta a campo nesta quarta-feira, às 19h30, pela Copa do Brasil.


A fama precede Vanderlei Luxemburgo. Desde os anos 1990, o técnico é elogiado por substituir bem e mudar o rumo dos jogos. E no Corinthians não tem sido diferente. Na sequência atual de invencibilidade, cinco vitórias tiveram participação direta de quem saiu do banco. São 11 partidas sem perder, com oito vitórias e três empates. 

O exemplo mais recente foi no 3 a 1 de virada sobre o Coritiba, no último domingo. Mas há outros, porque as mexidas de Luxa salvaram a sequência invicta mais de uma vez. De 28 jogos com o treinador, em seis as substituições apareceram de forma direta no placar, a maioria deles recentemente. 

“O futebol é o único esporte coletivo em que você não interfere durante o jogo, o jogador não pode sair e voltar. Quando você tira, tirou. Então o treinador é obrigado a ter uma leitura do jogo no intervalo. Tenho que passar as coisas em quatro, cinco minutos. Às vezes dá certo, às vezes não, e faz parte do futebol. Quando as coisas não acontecem (no primeiro tempo), você tem que intervir ali”, disse Luxemburgo na entrevista que deu no domingo. 

A relação de Luxa com as substituições virou um folclore no futebol brasileiro. Os críticos até dizem que o técnico “escala mal para mexer bem”, e houve discussões do tipo também nos últimos trabalhos que o técnico fez. Contra o Coritiba, o Corinthians foi mal no primeiro tempo, mas no segundo compensou. 

As mudanças contra o Coxa foram de peças e também de modelo de jogo. Luxa havia escalado uma equipe diferente da usual, com um volante a mais e sem ponta-esquerda, e teve que corrigir no intervalo. Wesley entrou na vaga de Gabriel Moscardo, os laterais mudaram, e o Corinthians ganhou cara nova. 

As mudanças contra o Coxa foram de peças e também de modelo de jogo. Luxa havia escalado uma equipe diferente da usual, com um volante a mais e sem ponta-esquerda, e teve que corrigir no intervalo. Wesley entrou na vaga de Gabriel Moscardo, os laterais mudaram, e o Corinthians ganhou cara nova. 

Veja a lista: 

  • Corinthians 1×1 Cuiabá: Ruan Oliveira entra no segundo tempo e leva nove minutos para empatar o jogo 
  • Corinthians 1×0 Universitario: Renato Augusto entra no segundo tempo e dá assistência 
  • Corinthians 3×2 América-MG: Ruan Oliveira sai do banco para dar a assistência do segundo gol 
  • Universitario 1×2 Corinthians: Maycon e Ryan Gustavo entram e marcam os gols da vitória 
  • Corinthians 2×1 Newell’s: derrota parcial no intervalo, mas Wesley entra e marca o gol da virada 
  • Corinthians 3×1 Coritiba: derrota parcial no intervalo, mas faz três mudanças e vira com um gol de Wesley (o terceiro) 

O próximo passo 

A escalação do Corinthians será assunto de novo nesta quarta-feira, às 19h30, contra o São Paulo, pela partida de volta da semifinal da Copa do Brasil. A dúvida é sobre o sistema de jogo, com um volante a mais ou não, como foi no último domingo. 

Luxa deve esconder o time até o último instante, como sempre faz, para “não dar arma ao adversário”, como ele diz. Desta vez vai precisar fazer mistério no treino aberto que o Corinthians faz na Arena, ainda nesta terça-feira, véspera do clássico. 

No duelo contra o rival, o Corinthians está em vantagem. Venceu o jogo de ida por 2 a 1, em casa, e agora joga pelo empate para avançar à final. Se perder por um gol de diferença, terá a chance ainda de lutar nos pênaltis. Só derrota por dois ou mais gols elimina o Timão no tempo normal. 

*Com informações do ge