Em vídeo, presidente da entidade, Alejandro Domínguez, diz que competição será realizada nas cidades de Brasília, Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro e promete divulgar tabela em breve.
Em vídeo publicado nas redes sociais, a Conmebol confirmou que as cidades de Brasília, Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro serão as sedes da Copa América. O presidente da entidade sul-americana, Alejandro Domínguez, garantiu que a competição será sem público e espera divulgar a nova tabela em breve. A data original de início do torneio é 13 de junho.
– Estaremos realizando os jogos nessas cidades com toda segurança possível, sem a presença do público, com protocolos sanitários rígidos e alinhados com as autoridades de saúde. Estamos trabalhando para, o mais breve possível, poder anunciar a tabela da competição ajustada e os estádios em que serão realizadas as partidas – declarou Domínguez.
Alejandro agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro, o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e os governos locais no trabalho para operacionalizar a Copa América, que foi confirmada no Brasil na última segunda-feira, menos de duas semanas antes do seu começo. Ramos havia divulgado, no fim da tarde desta terça, os quatro estados que vão receber jogos da competição.
Segundo a Conmebol, apenas as quatro cidades receberão os jogos da Copa América. Nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que “um quinto que chegou um pouco atrasado” e também poderia ser uma das sedes, o que não deve ocorrer, conforme divulgado pela entidade sul-americana.
Há a expectativa que ao menos uma das quatro cidades utilize mais de um estádio. Goiânia tem o Estádio Olímpico e o Antônio Accioly, do Atlético-GO, disponíveis. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, no entanto, anunciou que apenas o Olímpico seria utilizado para os jogos, e o Serra Dourada serviria de apoio às seleções.
No formato original da Copa América, oito estádios seriam utilizados: quatro na Argentina e quatro na Colômbia. Representantes da entidade devem chegar ainda entre a noite desta terça e esta quarta às cidades brasileiras que vão sediar o torneio para avaliações dos estádios. Ao todo, 28 partidas estão previstas para a competição entre os dias 13 de junho e 9 de julho.
A estreia do Brasil está prevista para o dia 14, contra a Venezuela. A Seleção está no Grupo B, que também tem Peru, Equador e Colômbia. O Grupo A conta com Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai. A Conmebol não deve mudar o formato e as datas dos jogos.
Críticas da opinião pública e jogadores
O anúncio da realização da Copa América no Brasil, com apenas 13 de antecedência, foi acompanhado de muitas críticas da opinião pública. Especialistas em saúde criticaram a escolha do Brasil como sede. O país soma quase 465 mil mortes por Covid, além de 16,5 milhões de casos confirmados da doença.
Os jogadores uruguaios Matías Viña, do Palmeiras, e Arrascaeta, do Flamengo, manifestaram suas preocupações com a realização do torneio no Brasil. Nesta terça, o atacante Agüero, da Argentina, chegou a dizer que “se a situação está complicada, não se joga”.
A FIFPro, organização que representa jogadores profissionais de futebol a nível mundial, publicou nesta terça-feira um comunicado demonstrando preocupação com a realocação da Copa América para o Brasil.
Nesta terça, a Copa América foi alvo de críticas de senadores na CPI da Covid, no Senado. O relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), classificou a decisão de “escárnio”, e chegou a pedir a ajuda de Neymar para impedir a realização do torneio.
– Não concorde com a realização dessa Copa América no Brasil. Não é esse o campeonato que precisamos agora disputar. Precisamos disputar o campeonato da vacinação. É esse campeonato que precisamos disputar ganhar e você precisa marcar gols para que esse placar seja alterado – discursou.
Pouco depois do anúncio da Conmebol, de que o Brasil seria a nova sede da Copa América, parlamentares se manifestaram de maneira contrária à vinda da competição ao país. O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) antecipou que o partido entraria com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a realização do evento no Brasil, o que ocorreu no início da noite dessa segunda-feira.
*Com informações do globoesporte