Chuva expõe problemas em escolas de Votuporanga e irrita pais 

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Chuva expõe problemas estruturais em escolas de Votuporanga e irrita pais – Foto: Reprodução

Toldos destroçados, entrada de água pelo teto e molhaceiro estão entre as principais críticas. “Educação de Votuporanga é movida pela fé: devemos rezar para não fazer calor, porque não tem ar-condicionado em várias escolas, como na sala que estou, por exemplo, e, rezar para não chover, até para evitar molhar tudo”, desabafou um servidor da Educação.


As tradicionais chuvas de verão causaram uma verdadeira enxurrada de reclamações no tocante a problemas estruturais em unidades da rede municipal de Educação de Votuporanga/SP. Desde o início da semana, as redes sociais, principalmente, em grupos locais, vídeos, fotos e relatos com os mais variados apontamentos estão sendo publicados.  

A redação do Diário também recebeu diversas reclamações sobre o assunto, relatos que partiram de pais e responsáveis por alunos da rede municipal, além de desabafos de servidores da Educação.  

“A Escola Irma Pansani Marin está sem cobertura no portão da escola, a água empossa e as crianças, as mães, os funcionários, molham os pés, os calçados. Os funcionários ficam na chuva esperando as crianças entrarem. Nossas crianças merecem e precisam de uma atenção maior”, apontou Adriana Silva.  

Em outro depoimento, uma mãe comenta: “As aulas começaram e os problemas do ano passado ainda continuam. Vereadores, prefeito sei que tem vários outros setores, como a saúde, que também precisam de atenção, mas poderiam dar mais atenção à educação. As escolas estão precisando de reforma urgente, pelo amor de Deus. Todo esse tempo de férias poderia ter sido reformadas”, explica.  

“As aulas começaram ontem e a Escola Terezinha Guerra está um caos por conta da chuva. Como as crianças vão tomar café, almoçar? Se o local onde elas comem está pura goteira, cheio de água para todo lado, baldes. E as salas de aula também, um verdadeiro caos. E já estava assim o ano passado. Gente, pelo amor de Deus, as crianças precisam de o mínimo de dignidade para estudar”, conclui.  

À reportagem, um professor da rede municipal da educação, que falou sob a condição de não ter a identidade divulgada, contou que o retorno das aulas com chuva está sendo ‘difícil’: “O retorno às aulas é um momento de alegria, é um novo ciclo de aprendizagem que se inicia, mas, tem sido difícil esse começo e, olha que nem fechamos a primeira semana em sala de aula, porque até então era planejamento e isso não envolve a presença dos alunos. Costumo dizer que a educação de Votuporanga é movida pela fé: devemos rezar para não fazer calor, porque não tem ar-condicionado em várias escolas, como na sala que estou, por exemplo, e, rezar para não chover, até para evitar molhar tudo.”  

O relato do docente vem de encontro a um problema antigo enfrentado por algumas escolas de Votuporanga, falta de condições para que sejam ligados aparelhos de ar-condicionado. O tema foi amplamente repercutido por vereadores na Câmara Municipal durante o ano passado.  

À época, conforme noticiado pelo Diário, o problema estava situado, em alguns casos, nos transformadores elétricos, equipamentos responsáveis pela distribuição correta de energia elétrica nas escolas.  

Em 2024, o assunto ganhou relevância, principalmente em decorrência das altas temperaturas e das ondas de calor registradas no noroeste paulista.  

Nesta terça-feira (4), Flávia Franzin desabafou sobre o tema: “E as salas de aula continuam sem ar-condicionado. Desde o ano passado e nada resolvido ainda, pensei que 2025 começaria com esse problema sanado. Só falam, mas não existe ação. Alunos e professores que se lasquem.”