Apenas Brasil e Argentina concordam com alteração do formato. Cúpula da Conmebol se reúne nesta quinta-feira para discutir calendário de 2023.
A mudança de formato das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo, que já foi considerada inevitável, agora enfrenta resistência da maioria das associações nacionais de futebol do continente. Hoje o torneio é disputado em pontos corridos, todos contra todos, o que ocupa 18 datas.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou nesta semana que apenas Brasil e Argentina concordam com uma eventual reforma – que passou a ser discutida após a Fifa aumentar de 32 para 48 o número de participantes da Copa do Mundo, o que também elevou o número de vagas para a América do Sul, das atuais 4,5 para 6,5 (seis vagas diretas e mais uma para repescagem).
“A maioria absoluta quer manter. Vamos externar [nossa posição] quando houver uma reunião de Conselho da Conmebol. Se depender da maioria, a fórmula vai continuar sendo essa, a não ser que a Conmebol tenha alguma proposta para direcionar”, declarou Ednaldo.
A cúpula da Conmebol entende que, se for mantido o atual formato, Brasil e Argentina vão se classificar muito facilmente – afinal haverá seis vagas diretas e mais uma para repescagem para dez participantes – e isso vai gerar desinteresse tanto comercial quanto esportivo.
A consequência desse cenário seria a dificuldade para obter a liberação por parte dos clubes europeus para seus jogadores atuarem na América do Sul. Em março deste ano, o zagueiro Thiago Silva contou que os capitães das seleções do continente debatiam maneiras de encurtar as Eliminatórias.
Nenhuma decisão ainda foi tomada. O Conselho da Conmebol se reúne nesta quinta-feira em Cáli, na Colômbia, onde ocorre a Copa América de Futebol Feminino. Na pauta da reunião está o calendário de competições sul-americanas em 2023 – mas as eliminatórias não estão formalmente listadas como um dos assuntos a serem discutidos.
Consultado nesta terça-feira sobre o calendário do futebol brasileiro para 2023, o presidente da CBF afirmou que precisa esperar o calendário da Conmebol.
“Tem um desenho do que pode acontecer. Mas são suposições enquanto não tiver o calendário deles. Nós queremos um calendário que não traga tanta consequência [ruim] para os clubes.”
*Com informações do ge