CAV bate líder Catanduva e garante classificação para a 2ª fase do Paulistão A3 

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Jogadores do CAV comemoram gol sobre Catanduva que definiu o jogo e a classificação alvinegra para a 2ª fase da Série A3 — Foto: Rafa Bento/CAV

Votuporanguense chegou ao terceiro lugar na tabela e se aproxima do Santo que tem apenas dois pontos a mais; duelo foi marcado pela agressividade dos visitantes e por substituição do árbitro que sentiu câimbras.


Nem mesmo o tempo fechado e a ameaça permanente de chuva abundante impediram que os 2.977 pagantes – o maior público da 12ª rodada – fossem a Arena Plínio Marin, na noite do último sábado, para assistir a vitória do Clube Atlético Votuporanguense sobre o líder do Campeonato Paulista da Série A3, Catanduva.

O CAV veio a campo defendendo seus 10 jogos de invencibilidade e de olho na vaga para a segunda fase do torneio. O único gol do jogo saiu dos pés do capitão Bady, aos 15 minutos do primeiro tempo.

Com a bola rolando 

O duelo começou agitado com as duas equipes sendo ofensivas e tentando abrir o placar. Fazendo valer a liderança do estadual, foi o Santo que fez uma maior pressão e foi superior no início do jogo, contudo, os ataques pararam no compacto CAV que teve a meta defendida por Gabriel Barbato. Os visitantes também iniciaram o duelo visivelmente irritados com a arbitragem e deixaram evidente em cada lance o descontentamento com qualquer ação tomada pelo árbitro João César Ferreira da Silva Júnior. 

No entanto, não demorou muito para o Pantera Alvinegro se reerguerem na partida. E a melhora fez efeito: aos 14, Adriano aproveitou uma saída errada do Catanduva, tocou para trás para o capitão Bady que chutou forte e rasteiro, de fora da área, para abrir o marcador. 

Depois do gol, a partida continuou bem disputada e com chances para ambos os lados, que não foram efetivas. As reclamações do Catanduva com a arbitragem persistiam. 

A etapa complementar não foi diferente e também começou movimentada, com o CAV buscando ampliar o placar e um Catanduva se defendendo mais. Aos poucos, o jogo foi dando uma esfriada. Aos 25 minutos, o zagueiro Lika ‘alugou’ os ouvidos do árbitro, foi advertido árbitro, ignorou solenemente e acabou expulso, deixando o Santo com um a menos. 

Com 33 minutos do segundo tempo, o árbitro João César Ferreira da Silva Júnior sofreu uma lesão – câimbras na região da panturrilha direita – e precisou ser substituído pelo quarto árbitro Hermínio Henrique, e passando então a atuar como quarto árbitro. O juiz saiu de maca e aplaudido por parte da torcida que testemunhou o acontecimento um ‘pouco diferente’. Para a inversão de posições na turma do apito o jogo ficou parado por cerca de quatro minutos.

Árbitro sofre lesão e precisa ser substituído no jogo entre CAV x Catanduva — Fotos: Rafa Bento/Pedro Zacchi

Já nos acréscimos, Brumati levou o segundo cartão amarelo após uma falta dura em Barcos, foi para o chuveiro mais cedo e deixou o Catanduva com dois a menos. Com vantagem numérica em campo e no placar, os donos da casa só precisaram administrar a vitória para conquistar os três pontos, manter a invencibilidade e carimbar o passaporte antecipadamente para a segunda fase do Paulistão A3. 

Com a vitória, o Votuporanguense chegou a 25 pontos e subiu para a 3ª colocação na tabela, se aproximou do líder Catanduva que tem apenas dois pontos a mais. 

Após o fim do jogo, nem a chuva aplacou o clima que antes era tenso, e pegou fogo de vez. O Catanduva descontente com a arbitragem passou a protestar contra arbitragem, inclusive, aplaudindo ironicamente o quarteto próximo do grande círculo. Contudo, rapidamente os visitantes partiram para cima do CAV, gerando um princípio de tumulto e empurra-empurra. 

Apesar da situação no gramado ter sido tranquilizada, nos vestiários a confusão reinou, sendo necessário a pronta intervenção da Polícia Militar e de seguranças do clube. 

Conforme súmula enviada a FPF (Federação Paulista de Futebol), integrantes do Catanduva ameaçaram o quarteto de arbitragem: “Informo que ao término da partida houve um princípio de tumulto entre as equipes no campo de jogo, que rapidamente foi controlado pelas comissões técnicas de ambas as equipes. Em seguida, aguardamos a saída da equipe visitante do campo de jogo, que se direcionava em sentido de seu vestiário. No momento em que entrávamos ao túnel de acesso ao vestiário, fomos orientados pelo diretor de jogo Sr. Gregorio Rossi Gorni para aguardarmos, pois a equipe visitante dentre eles, jogadores e comissão técnica estava posicionada em frente ao 

nosso vestiário. Saliento que foi possível observar alguns destes atletas nos chamando e dizendo as seguintes palavras “vem vem, vocês não tem coragem?, passa aqui, vamos conversar”, não sendo possível identificar nenhum destes atletas. Após a orientação do diretor, foi solicitado ao policiamento que realizava à nossa escolta, para que se dirigisse para a contenção da referida equipe e para condução ao devido vestiário. Neste momento, a equipe mandante adentrou ao túnel de acesso tentando seguir para seu vestiário, contudo, houve um novo tumulto, que foi contido pela Polícia Militar. Reforço que os atos apontados acima da equipe visitante nos fizeram sentir ameaçados”, diz trecho do documento. 

Próximo jogo 

O CAV volta a campo nesta quarta-feira, às 15h, quando visita o Desportivo Brasil no Estádio Ernesto Rocco, em Porto Feliz.