Quem tem medo da IA?

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Por Antonio Caprio

 Muitos e não só os incultos. Intelectuais de diversas áreas temem a Inteligência Artificial. Ainda existem quem tenha medo da Internet, do computador, da vacina e até do celular. Ignorância apenas, mas não só.

A IA é o futuro. Ensina como criar máquinas para trabalhar para melhorar a vida do ser humano, inclusive dos que a temem. Não é apenas uma ferramentazinha. É a inspiração para um futuro melhor. Lembro-me, e bem, do primeiro transplante de rim (1973), de coração(1967), do cérebro, dos reimplantes de órgãos decepados, das garrafadas de infusões contra as dores e males do corpo, da terrível vacinação contra a varíola com penas metálicas, das inesquecíveis bolinhas de óleo de rícino distribuídas nas escolas, das pinceladas de garganta que ardiam até a alma e o perigo de se contaminar com caxumba, tuberculose, lepra, tosse-comprida, paralisia infantil, varicela, catapora e dezenas de outros males. Será que a IA veio inclusive para mudar isto? Por que não?

Agora os transplantes salvam e prolongam vidas e já é hora de olhar bem além dos medos e das incertezas e o mais importante, abandonar o espírito da ignorância.  Claro que o mal uso da IA pode gerar problemas, e muitos, nas várias áreas do saber humano, em especial na área de comunicação.  É assim e sempre foi assim. Negar que a IA não é um avanço tecnológico é nivelar o homem do século XXI aos das cavernas. A IA é uma realidade. Veja o avanço da microcirurgia, inclusive cerebral, do ultrassom, da hemodiálise, da radioterapia, da cirurgia sem corte e quase nenhuma invasão orgânica. Preocupo-me, aqui, das coisas mais simples.  Uma coisa, porém, é certa: a IA está perseguindo o cérebro humano há séculos. Fugir dela é indesculpável. Há vantagens? Sim. Interpretação imediata de exames complexos, estabelecer comparações, arquivamento e comparações até a longas distâncias, inibe ou anula o cansaço nos processos médicos facilitando os estudos e aprimoramento de estudos humanos até bem pouco tempo inacessíveis.  O desenvolvimento de uma vacina levava décadas e hoje acontece em espaço de tempo muito menor e com mais garantia de êxito. É o futuro batendo à nossas portas? Negar é preocupante.

O pior inimigo da IA e da evolução, nos vários segmentos da ação humana, é a desinformação. E ela está em ‘alta’ em especial nos meios educacionais e profissionais. Há carreiras que não correm perigo com a evolução da IA como os trabalhos criativos e próprios da essência humana, o princípio da empatia, as profissões educacionais, da saúde, a execução da lei, a ação dos magistrados, dos psicólogos, dos terapeutas, dos pesquisadores e outros próprios da ação humana direta.  Imaginem quando sofreram Louis Pasteur(raiva), Osvaldo Cruz(febre amarela) Carlos Chagas( Trypanossomíase) e outros.   A IA é o futuro, e não devemos temê-la, pelo contrário.

  • Dr. Antonio Caprio – Tanabi – Biólogo. Membro da ACILBRAS, Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil, sucursal de Votuporanga, cadeira 910, e membro-conselheiro do Instituto Histórico Geográfico e Genealógico /Rio Preto.