Caso Byron Castillo: Fifa escuta partes, e resultado da apelação sai até fim do mês 

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Byron Castillo está no centro de polêmica sobre vaga sul-americana para a Copa do Mundo de 2022 — Foto: Getty Images

Chile e Peru sonham com decisão que possa eliminar o Equador da Copa do Mundo de 2022.


Foi realizada nesta quinta-feira (15.set) mais uma audiência na Fifa sobre o que ficou conhecido como Caso Byron Castillo – uma acusação formulada pela Federação Chilena de Futebol contra a Federação Equatoriana, que teria utilizado o jogador de maneira irregular em oito jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. Uma decisão deve ser tomada pela Fifa até o fim deste mês.

Os chilenos sustentam que Castillo nasceu na Colômbia, e não no Equador, e três anos antes do que mostram seus documentos equatorianos. Na ação, o Chile pede que o Equador perca os pontos desses oito jogos – o que, se fosse acatado pela Fifa, elevaria o Chile ao quarto lugar nas Eliminatórias e a uma consequente vaga no Catar.

A primeira decisão da Fifa a respeito foi divulgada em junho deste ano e foi no sentido de descartar a ação. O Chile recorreu à Câmera de Apelações da Fifa, que nesta semana se reuniu para ouvir as partes. O jogador Byron Castillo não participou, porque sua defesa entende que ele não é alvo da ação – e sim a Federação Equatoriana de Futebol. 

A Fifa se baseou em duas decisões da própria justiça do Equador, de 2021, que atestam a veracidade da nacionalidade equatoriana do jogador. Após a decisão do Comitê de Apelações da Fifa, ainda caberá recurso ao Tribunal Arbitro do Esporte (TAS). 

Além de representantes das federações de Chile e Equador, participaram da audiência desta quinta-feira dirigentes da Federação Peruana de Futebol. Isso porque, caso o resultado da disputa termine com a eliminação do Equador das Eliminatórias, o Peru poderia herdar a vaga na Copa do Mundo. 

Nesta semana o jornal inglês Daily Mail publicou uma gravação de 2018 na qual supostamente Byron Castillo admite ter nascido na Colômbia em 1995 – e não no Equador em 1998, como dizem seus documentos equatorianos. A Fifa não comenta o caso.