Câmara aprova subsídio para bancar preço do transporte coletivo 

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Câmara aprova subsídio para bancar preço do transporte coletivo – Foto: Reprodução

Iniciativa polêmica gerou discussão e teve quatro votos contrários, mas foi aprovado.


Um projeto que acresce o subsídio de R$ 1,5 milhões para segurar o preço da passagem do transporte coletivo no município foi aprovado na 21ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Votuporanga/SP.

A iniciativa do Poder Executivo, considerada polêmica, visava frear um aumento de mais de 87% no preço da passagem da circular votuporanguense. Com a aprovação, os usuários continuarão pagando R$ 3,15. Se o texto tivesse sido reprovado, os cidadãos teriam que desembolsar R$ 6,90.

Durante a sessão, a iniciativa gerou discussão entre os vereadores, e antes mesmo de começar a votação, o vereador Jura (PSB), pediu vista ao projeto, para que os parlamentares tivessem mais tempo para estudar a proposta, inclusive, recebendo apoio de outros vereadores; contudo, pedido foi votado e derrubado pela maioria.

Em seguida, o projeto foi apreciado pelo plenário e aprovado com quatro votos contrários: Jura (PSB), Cabo Renato Abdala (Patriota), Mehde Meidão (União Brasil) e Osmair Ferrari (PSDB).

O contrato de concessão do transporte coletivo urbano prevê que no mês de dezembro seja apresentado o pleito para reajuste da tarifa para vigorar no ano subsequente, o que foi feito pela empresa concessionária, com valor apresentado de R$ 10,73.

Desta forma, para que esse aumento não fosse repassado aos usuários, a Prefeitura colocou as mãos nos cofres do município e optou por pagar até R$ 7,58 para cada passageiro que, continuará pagando o atual valor de R$ 3,15.

Esse não é o primeiro subsídio do tipo, no ano passado a Prefeitura de Votuporanga adotou medida semelhante. Na ocasião, o município, que até então subsidiava R$ 1,25 de cada passagem, passou a pagar R$ 4,04 por passagem do transporte coletivo.

Vale salientar ainda que, o montante de R$ 1,5 milhões que sai dos cofres municipais em 2023, não encerra a discussão entre a Prefeitura e à Câmara, tendo em vista que para 2024 o impacto orçamentário deve ser de R$ 2 milhões, mesmo valor orçado para 2025.