“Café sem fósforo”: nutricionista explica sobre hiperfosfatemia

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“Café sem fósforo”: nutricionista explica sobre hiperfosfatemia - Foto: Reprodução

Paula Prado Pontes promoveu ações com pacientes em tratamento de hemodiálise, em parceria com curso de Nutrição da Unifev.


O fósforo é importante para nosso corpo, é essencial para termos ossos e dentes fortes e, também, é necessário para toda nossa atividade muscular. Mas, tal como no caso do potássio, níveis de fósforo muito elevados são prejudiciais para sua saúde. E pode ser ainda pior para os pacientes em tratamento de hemodiálise.

Pensando em conscientizar sobre o consumo, a nutricionista da Unidade de Diálise da Santa Casa de Votuporanga, Paula Prado Pontes, promoveu a ação “Café sem fósforo” nesta semana. Paula realizou uma palestra na quinta e sexta-feiras para os pacientes em hemodiálise, em parceira com o curso de Nutrição da Unifev.

Na ocasião, foi discutido sobre hiperfosfatemia, condição muito frequente e que atinge 60% da população em hemodiálise. A nutricionista apresentou conteúdo teórico e preparou receitas hiperproteicas, hipofosfatêmicas e hipossódicas.

Ela deu detalhes da ação. “É importante o conhecimento dos pacientes sobre os alimentos ricos em fósforo, para melhor controle da hiperfosfatemia através de orientações dietéticas específicas, contribuindo também para diminuição da mortalidade”, disse.

O controle inadequado do fósforo está correlacionado com o aumento do risco da morbimortalidade por doenças cardiovasculares, aterosclerótica, hiperparatireoidismo e doença óssea. “Somente a diálise não é suficiente para manter o nível do fósforo adequado, pois a depuração deste mineral é feita somente por quatro horas, e é inferior à quantidade diária ingerida”, explicou.

Paula frisou que as orientações quanto à ingestão de fósforo são desafiadoras, pois os alimentos que são fontes de fósforo também são fontes de proteínas. “Por isso, aconselhamos o consumo de alimentos proteicos com baixa concentração”, finalizou.

Lembre-se de:

– não evitar todos os alimentos ricos em fósforo, mas, sim, administrar sua ingestão;

– substituir os alimentos processados por refeições caseiras;

– evitar os “números E” (aditivos) se comprar alimentos processados;

– tomar sempre os quelantes de fósforo, tal como prescrito por seu médico.