Foto foi feita na terça-feira (27) pelo co-fundador da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), Renato Cássio Poltronieri, em Nhandeara/SP.
Um astrônomo amador de Nhandeara/SP registrou um fenômeno que impressiona: uma mancha no sol que parece pequena, mas, segundo ele, cabem mais de 10 Terras na circunferência dela. A foto foi feita na última terça-feira (27.mar).
O co-fundador da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), Renato Cássio Poltronieri, explicou que as manchas solares são temporárias e podem causar explosões de plasma.
Na região onde elas aparecem, segundo o especialista, a temperatura superficial é reduzida. Enquanto o sol, que é feito de plasma, hélio e hidrogênio, está a 6.000°C, uma mancha pode ter 4.000°C, o que explica a cor escura dela na foto devido ao contraste.
Isso ocorre, de acordo com Renato, graças ao campo magnético intenso, que diminuiu o fluxo de energia proveniente do interior do sol.
Para os entusiastas, as manchas solares são objeto de estudo por estarem relacionadas com a maioria das erupções do sol. Dessa forma, conforme o especialista, registrá-las “abre mais uma janela” para o cosmos.
“Para amadores na astronomia, fica o registro. Já para laboratórios e observatórios, dá para estudar o comportamento do sol. Inclusive, existem satélites que ficam monitorando o sol 24 horas”, reforça.
O fenômeno pode ser visto com a ajuda de óculos que bloqueiam os raios nocivos emitidos pela estrela. Para fotografá-lo, Renato usou câmeras, filtros e um telescópio especial.
O fenômeno é perigoso?
Entre os satélites citados por Renato, está o Soho, que “avisa” com antecedência a chegada de tempestades radioativas à Terra. As manchas podem aparecer em grupos ou de forma individual, e podem durar alguns dias ou meses, mas se dissipam à medida que a atividade solar varia.
Apesar de surpreender e, por vezes, assustar, o fenômeno não representa perigo. Pelo contrário: o astrônomo detalha que, embora a atmosfera seja transparente à radiação solar, somente em torno de 25% dela penetram diretamente na superfície da Terra.
O restante é refletido de volta para o espaço ou absorvido, o que pode causar falhas em satélites de comunicação.
*Com informações do g1