Entre comissão técnica e equipe de apoio, CBF levará 31 pessoas para a Austrália, sendo 17 mulheres; jogadoras terão 20 dias de preparação até a estreia.
A preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo Feminina da Austrália e da Nova Zelândia será marcada por uma estrutura jamais vista pela equipe, desde o tamanho da delegação até o planejamento de uma logística específica para diminuir os efeitos da longa viagem até a Oceania.
Antes da técnica Pia Sundhage divulgar as 23 convocadas para o Mundial, a supervisora de seleções femininas da CBF, Ana Lorena Marche, anunciou que a delegação brasileira viajará em voo fretado para a Austrália, na próxima segunda-feira.
Domingo, o Brasil jogará contra o Chile no Mané Garrincha, em Brasília, no amistoso de despedida da torcida antes da Copa. Após o apito final, começa o planejamento para a viagem.
“Depois do jogo, as atletas vão descansar. A gente sai às 5h, de segunda-feira, para entrar já no fuso horário da Austrália, porque lá vai ser seis, sete da noite. Então a gente vai ter uma janta (antes do embarque), para começar a indução do sono das atletas”, explicou Ana Lorena, logo após a convocação.
A viagem de Brasília para Brisbane, na Austrália, terá duração total de 25 horas, com uma parada no Taiti para reabastecimento do avião. Embora longa, a jornada será menos impactante por poder ser feita de forma planejada.
“A gente pôde escolher o horário do voo e o nosso itinerário. Poder ter a liberdade de um voo só para a gente, poder fazer trabalhos com as atletas, isso é fundamental para a nossa logística”, afirmou a dirigente.
Durante o voo, as jogadoras farão trabalhos específicos para facilitar à adaptação ao fuso horário e diminuir o desgaste. Na chegada à Austrália, já no início da noite de terça-feira, a comissão técnica planeja um jantar para iniciar o processo de adaptação.
De Brisbane, a seleção seguirá para Gold Coast, também no litoral Oeste australiana, onde as jogadoras farão a primeira parte da preparação, até o dia 18, onde retornam à Brisbane, que será a base do Brasil na Copa. A estreia será no dia 24 de julho, contra o Panamá, em Adelaide.
“A gente vai fazer uma preparação muito longa, vamos chegar 20 dias antes do nosso primeiro jogo, para que elas possam estar inteiras e ter o ápice físico quando começar a competição.”
Entre comissão técnica, departamento médico e pessoal de apoio e logística, a seleção feminina terá uma delegação recorde em Copas do Mundo: 31 pessoas, sendo 17 mulheres – mais da metade da equipe.
Entre as novidades anunciadas na convocação está a criação do Núcleo de Saúde e Performance, que contará, entre outros profissionais, com a ginecologista Tathiana Parmigiano, especialista em medicina esportiva.
“A Tati já está há muito tempo na seleção, ela conhece muitas atletas desde quando elas eram novinhas e isso é muito bom. Não é só dar a mesma estrutura dos homens (para a seleção feminina), mas dar a especificidade que a mulher precisa”, explicou Ana Lorena.
*Com informações do ge