Traficantes alvos de operação da PF fazem parte da maior associação criminosa de Rio Preto, diz promotor 

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Tiago Dutra Fonseca, promotor do Gaeco na região de São José do Rio Preto — Foto: Reprodução/TV TEM

Objetivo da Operação Atelís é combater uma organização criminosa interestadual envolvida em crimes como tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em larga escala.


Os traficantes alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) na região de São José do Rio Preto/SP fazem parte da maior associação criminosa do noroeste de São Paulo, segundo Tiago Dutra Fonseca, promotor do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco). A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa, na tarde de quarta-feira (21.mai).

Até as 14h de quarta-feira, conforme a polícia, 29 pessoas haviam sido presas na operação. Ainda havia quatro foragidos. Segundo apurado, dois suspeitos ligados a uma facção criminosa, Márcio Oliveira da Silva, de 47 anos, e Victor Vinícius Rodrigues, de 33, morreram durante a abordagem em Rio Preto.

Ao todo, foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão, 17 de prisão preventiva e 16 de prisão temporária, além de 54 bloqueios de bens e valores dos investigados. Entre os alvos estão comerciantes, empresários e construtores de imóveis.

“A operação foi instaurada justamente para apurar a atuação desse grupo, que é a maior organização criminosa da região de São José do Rio Preto. Ela era destinada a fins de crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros delitos igualmente graves relacionados ao funcionamento dessa organização”, explicou o promotor à TV TEM.

Durante a entrevista, o promotor disse que os suspeitos são considerados de risco para a sociedade: “No decorrer das identificações, a gente viu que a organização criminosa era heterogênea. Então, não estamos lidando com investigados de colarinho branco, que não têm perfil violento, nós estamos lidando com pessoas que cometem crimes muito graves”, pontua Tiago.

Investigação

Durante a investigação, que começou em fevereiro de 2024, a PF identificou a organização criminosa que atua no tráfico interestadual de drogas. O objetivo da operação é prender os chefes do esquema.

Conforme a polícia, nos últimos quatro anos, o grupo movimentou aproximadamente R$ 400 milhões.

A Polícia Militar também participou da operação, que foi realizada por 200 policiais federais e 100 policiais militares, além de integrantes do Gaeco. Os mandados foram cumpridos nas cidades de São José do Rio Preto, Mirassol, Tanabi e Ipiguá no Estado de São Paulo, e em Pontes e Lacerda, no Estado de Mato Grosso.

*Com informações do g1