Verdão vê o Flamengo ser campeão do Brasileirão e passa por momento inédito sob o comando do técnico português, sem qualquer taça para comemorar em 2025.
Abel Ferreira adotou a reformulação do elenco como discurso para mostrar aos torcedores do Palmeiras que o ano não foi catastrófico da confirmação da temporada sem a conquista de títulos – o Brasileirão foi definido na última quarta-feira, com o Flamengo campeão.
O treinador se apoia, principalmente, no fato de que 2025 foi de profundas mudanças e que os vice-campeonatos (Paulistão, Conmebol Libertadores e, possivelmente, o Brasileirão) precisam ser exaltados.
“Aos torcedores do Palmeiras: a terra não está arrasada, e tenho muita sorte por estar presente na história do Palmeiras que é longa e vitoriosa, mas estar no ciclo mais vitorioso e que o Palmeiras é mais reconhecido quer nacional ou internacionalmente, pelo prestígio da sua organização, pela grandeza dos processos e por tudo que o clube faz enquanto instituição (…)”, afirmou após a vitória sobre o Atlético-MG, na última quarta.
“(…) Estar na história é estar na fotografia, nem que seja com o segundo lugar. E a mim dá o mesmo trabalho. Para mim, o segundo não é o primeiro dos últimos. Claro que queríamos ganhar, odeio perder, mas sei o quanto sacrifício é, assim como hoje para sair com os três pontos justos”, acrescentou.
Abel prefere valorizar o que foi feito nesta temporada e o que o clube realizou com ele nos últimos anos. O treinador fez questão de relembrar, por exemplo, que em seus cinco anos à frente do Palmeiras foram mais glórias do que decepções.
“No Paulista: cinco anos, três títulos e dois vices; Libertadores: seis disputas e três finais; Brasileiro: acho que disputei cinco ou seis: dois primeiros e três vice; Copa do Brasil: aí sim, ganhamos uma e perdemos quatro”, relembrou.
Está será a primeira temporada de Abel à frente do Palmeiras que ele passará sem levantar nenhum troféu. Com uma rodada restante para o fim do Brasileirão, o Verdão poderá terminar no máximo com dois pontos de distância para o campeão Flamengo.
“Uma coisa é perder e outra é ser perdedor, esta equipe perdeu, mas não é perdedora. Entendo que muita gente queira dizer que o segundo lugar é ruim, nada presta. Hoje demos mais uma amostra do que essa equipe mostrou ao longo desse ano enquanto nos deixaram, porque há coisas que controlamos e outras não”, analisou.
“Mesmo tendo toda reformulação, com 12 jogadores entrando no ano, com lesões, e tendo três pontos a frente não fomos capazes de segurá-los. Depois de tudo que aconteceu, pergunte quanto demora a reformulação de uma equipe? Hoje ficou inequívoco nossa superioridade”, completou.
O Palmeiras encerra o ano no próximo domingo, às 16h, diante do Ceará, fora de casa.
*Com informações do ge





