Na tribuna da Câmara, a parlamentar comentou episódios ocorridos em Votuporanga e pediu providências.
A vereadora Sueli Friósi (PP) usou seu tempo de discurso na tribuna durante a 11ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Votuporanga/SP, desta segunda-feira (1º.abr), para defender de humilhações os agentes da Área Azul e o trabalho do Centro Social, responsável pela manutenção do serviço. Ela também pediu providências das autoridades competentes para punir quem desrespeita, humilha e agride verbalmente os trabalhadores e trabalhadoras.
Na tribuna da Câmara, Sueli iniciou seu pronunciamento com um pedido de desculpas à presidente do Centro Social, Eliete Aparecida Guilherme, que acompanhou a sessão nas galerias, pelas atribulações sofridas diariamente pelos agentes. “O Centro Social trabalha transformando vidas. É uma entidade beneficente de assistência social sem fins lucrativos. Que você, Eliete, leve as minhas desculpas para aquelas pessoas que estão na Área Azul e que sofrem com a falta de educação de parte da população”.
Em seguida, com carnê de estacionamento rotativo e cartão preferencial para idosos em mãos, a vereadora explicou sobre o devido funcionamento do serviço. Ao mencionar que os agentes só cumprem o que está previsto em lei, que trabalham orientados pelo Centro Social e que são solícitos para explicar sobre a Área Azul sempre que necessário, Sueli relatou casos de humilhação que alguns agentes têm sido submetidos por condutores.
“O agente oferta o famoso papelzinho no valor de R$ 2,50 para a pessoa permanecer duas horas com o carro estacionado. O motorista não apresenta a devida comprovação legal de idoso para poder estacionar no local. Os funcionários, então, colocam no painel um aviso com instruções sobre o pagamento. Quando o motorista retorna, a pessoa simplesmente pega aquela folhinha vermelha, amassa e joga na face da pessoa que estava ali trabalhando”, relata a vereadora sobre uma situação que ela disse ter presenciado.
“Não colocou o talão, rasgou a folha, foi mal-educado, tacou no rosto da pessoa que estava lá e foi embora. Como a gente faz para essa pessoa pagar pelo mal que fez? A única coisa que resolve é se mexer no bolso. O que não pode é que os agentes da Área Azul passem por xingamentos, sob a chuva, sol, no frio. Peço providências para que isso seja resolvido pela Secretaria de Segurança ou pela polícia. Precisamos resolver. Não é justo. A Área Azul é importante, proporciona o estacionamento rotativo. O dinheiro arrecadado, todos sabem, é destinado para atender cerca de 400 crianças e adolescentes em vulnerabilidade acolhidas e instruídas no Centro Social.”