Sueli Friósi pede que bebês de seis meses a 1 ano passem por consultas com médico oftalmologista 

831
Foto: Reprodução

Vereadora aproveitou sua fala na Câmara para repercutir o alerta do jornalista Tiago Leifert. Ela pediu que consultas com especialistas sejam incluídas no atendimento na rede pública de saúde do município.


A vereadora Sueli Friózi (Avante) utilizou parte de seu tempo de pronunciamento, na sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira (31.jan) para repercutir a notícia do câncer raro nos olhos de Lua, filha do jornalista Thiago Leifert e Daiana Garbin.

A parlamentar reproduziu em seu tempo um vídeo divulgado pelo casal em que expõe o caso da filha e pediu que consultas com especialistas sejam incluídas no atendimento na rede pública de saúde de Votuporanga. 

Sueli destacou que a situação causou muita comoção e apresentou indicação para que seja colocado no protocolo de consultas médicas da Secretaria Municipal da Saúde os bebês de seis meses a um ano para consulta com médico oftalmologista. 

“Por ser o Thiago uma pessoa pública e vir falar da filha causou grande repercussão. Eu tive um câncer na membrana atrás da retina, passei por tratamento e me curei. Gostaria de deixar a seguinte reflexão: o câncer não escolhe pessoas. Pessoas não escolhem o câncer. O câncer vem, e a luta não é fácil”, afirmou. 

O que é o câncer na retina 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é um “tumor maligno originário das células da retina, que é a parte do olho responsável pela visão, afetando um ou ambos os olhos”. A doença ocorre, geralmente, antes dos 5 anos de idade. 

O instituto, órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e na coordenação das ações para a prevenção e o controle do câncer no Brasil, explica que o principal sintoma é um “reflexo brilhante no olho doente”. 

“É parecido com o brilho que apresentam os olhos de um gato quando iluminados à noite. As crianças podem ainda ficar estrábicas (vesgas), ter dor e inchaço nos olhos ou perder a visão”, explica o Inca. 

Para fazer o diagnóstico, o médico faz um exame do fundo de olho com a pupila dilatada do paciente e, segundo o Inca, não se deve realizar uma biópsia. Além disso, “todos os pacientes devem passar por estudo de aconselhamento genético para identificação de casos que são hereditários”. 

Tumores menores podem ser tratados de forma especial e sem que a criança tenha uma perda da visão. Em casos mais avançados, o olho precisa ser retirado e o paciente acaba passando por quimioterapia ou radioterapia.