Vereadora foi denunciada após usar seu “Pix” particular para arrecadar fundos ao “Prato Solidário”. Na próxima semana, os vereadores devem decidir se o caso irá ou não para Comissão de Ética.
A vereadora Sueli Friósi (Avante) participou do quadro semanal digital do Diário de Votuporanga, o Radar Diário, e entre os diversos assuntos abordados, esteve a denúncia por quebra de decoro parlamentar protocolada na terça-feira (3), na Câmara Municipal.
Uma versão da representação já havia sido entregue incialmente no início da sessão ordinária de segunda-feira (2), assinada por um homem, identificado como João Nunes, aponta que Friósi teria utilizado o “Pix” de sua conta pessoal para arrecadar dinheiro para uma campanha municipal o que, segundo ele, fere o Código de Ética da Câmara.
O documento foi repassado aos vereadores e imprensa, porém não foi oficializado na Comissão de Ética da Casa, uma vez que o denunciante não se identificou corretamente (com CPF, RG, endereço, etc). Mesmo assim o caso repercutiu no meio político e nas redes sociais. Na terça-feira, a denúncia foi protocolada com a peça devidamente preenchida.
Questionada sobre o episódio, a parlamentar admitiu que esteve completamente envolvida no programa “Prato Solidário”, realizado pela Prefeitura por meio do Fundo Social da Solidariedade; além de ter usado seu ‘PIX’ pessoal para arrecadação de recursos: “Usei. Várias pessoas me ajudaram. Tive doações muito boas, comprei dois caminhões de embalagens. Essas embalagens foram distribuídas no programa Prato Solidário, para ajudar as pessoas. Tenho a relação das pessoas, com nome, valores, notas fiscais, tudo especificado. Tenho também as declarações de cada instituição que recebeu as doações. Então, a minha intenção foi simplesmente voluntariar dentro de uma ação social que fosse ajudar à população, na qual eu me tornei vereadora pra fazer. Minha consciência está limpa”, afirmou Friósi.
A parlamentar contou ainda que entregará todos os comprovantes à Mesa Diretora da Câmara como prestação de contas.
Sueli foi perguntada ainda se, se sente perseguida politicamente, e a resposta foi um abafado e categórico, sim. Após um início de mandato tumultuado com mudança de partido e chegando à presidência municipal do Avante, a vereadora disse que espera em um futuro breve não perder mais tempo com coisas sem sentido e de pouca relevância ao município [fazendo alusão a denúncia apresentada na Câmara].
Outros detalhes de uma entrevista de aproximadamente 40 minutos, você pode conferir na página do facebook do Diário de Votuporanga.