Especialistas explicam quais são os principais tipos de câncer que acometem os animais e dão dicas de prevenção.
Muitos pets com câncer vêm a óbito devido a um diagnóstico tardio. Pensando nisso, foi criada a campanha Setembro Lilás, que conscientiza os tutores sobre o combate e a prevenção da doença em animais.
O câncer pode estar relacionado a questões hereditárias, hormonais, faixa etária — pets idosos têm maior propensão à doença — e até fatores ambientais/externos. Hábitos alimentares inadequados, obesidade, falta de exercícios físicos e exposição excessiva ao sol sem proteção também contribuem para o desenvolvimento da enfermidade, como afirma Gisele Starosky, médica-veterinária de uma farmácia de manipulação veterinária.
Os diagnósticos mais frequentes em cães e gatos são de tumores de mama, no sistema reprodutor — ovário e útero em fêmeas e nos testículos em machos — e as neoplasias cutâneas, muito comuns tanto em cachorros, quanto em felinos, segundo a especialista. “Tumores de baço e fígado também são comumente encontrados, além de linfomas, um dos principais tipos de tumores que ocorrem em gatos.”
O câncer de pele também é comum em cães, provocado pela alta e constante incidência solar na derme, como afirma a médica-veterinária Sálua Carolina Cataneo.
Como identificar?
O diagnóstico deve ser feito por um médico-veterinário quanto antes, por isso, é importante levar o pet periodicamente às consultas de rotina. Mas existem alguns sinais que podem sinalizar a doença, conforme explica Valeska Rodrigues, professora do curso de Medicina Veterinária da UNIFRAN: “emagrecimento progressivo, aumento de volume abdominal e dificuldade de locomoção”.
Apatia, diarreia, vômitos, febre constante e ferimentos cutâneos ou de mucosas não cicatrizados também são sintomas dessa condição.
O animal pode apresentar ainda apenas perda significativa de peso, antes que sinais mais graves apareçam. Como os indicativos podem variar, a avaliação de um especialista é essencial, segundo Gisele.
Prevenção
No caso das cadelas, castrá-las antes do terceiro cio diminui as chances de desenvolvimento de tumores mamários. E, nos machos, o procedimento também minimiza os riscos de problemas de próstata e evita o câncer no testículo.
Para prevenir a condição na pele, deve-se evitar os passeios em horários de maior incidência de raios solares e passar regularmente o protetor solar veterinário no pet, de acordo com Valeska.
“O consumo a longo prazo de suplementos antioxidantes pode reduzir a incidência de neoplasias ou auxiliar como tratamento complementar em casos onde a doença já está instalada, melhorando a resposta dos pacientes contra os efeitos colaterais da quimioterapia”, conta Gisele.
Manter uma dieta balanceada é imprescindível para garantir longevidade e bem-estar para os animais.
Tratamentos
Existem diversas modalidades terapêuticas, como: eletroquimioterapia, crioterapia, cirurgia ― nos casos em que é possível fazer a retirada do câncer ―, quimioterapia, radioterapia e, mais recentemente, o uso de medicamentos.
O médico-veterinário poderá traçar o tratamento adequado para cada caso, por isso, o acompanhamento profissional é fundamental.
*Com informações de Isadora Moraes/revistacasaejardim