Recentemente, servidores municipais fizeram um ato na Câmara Municipal de Votuporanga, com cartazes, eles cobraram apoio da Casa de Leis à iniciativa.
Os servidores públicos municipais de Votuporanga/SP seguem aguardando uma posição do Poder Executivo Municipal em relação ao aumento salarial da categoria. Uma reunião agendada para às 17h nesta quinta-feira (10.mar), entre representantes da Prefeitura, vereadores, liderança sindical e demais envolvidos nas negociações deve aclarar, em tese, a proposta que deve ser enviada à Câmara Municipal.
Recentemente, servidores municipais fizeram um ato na Câmara Municipal de Votuporanga, com cartazes, eles cobraram apoio à iniciativa de reajustes.
Ao Diário de Votuporanga, Thiago Rogeri da Silva, representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Votuporanga, explicou que o assunto é tratado desde o ano passado e havia um acordo para que nesta reunião fosse apresentada a proposta formatada pela Administração.
O gestor explicou ainda que a entidade pede um reajuste aproximado de 20% dos vencimentos, já que nos últimos dois anos os reajustes foram congelados devido a pandemia do novo coronavírus. “Essa porcentagem é a soma das reposições que pleiteamos, não é exatamente um aumento tendo em vista a defasagem dos últimos dois anos com relação a inflação”, salientou Rogeri.
O representante sindical emendou. “Esse congelamento nos afetou frontalmente, quanto o setor privado e prestadores de serviços, mesmo que ao setor público tiveram seus respectivos reajustes, nós não. Isso, fora as outras perdas que sofremos, como o congelamento da contagem de tempo de serviço, a sexta parte que o servidor perdeu na contagem, inclusive, em dinheiro, que agora, o trabalhador terá que trabalhar esse tempo novamente para receber um direito que é adquirido e estava suspenso. Se for colocar tudo na ponta do lápis, essa prefeitura não teria dinheiro para pagar,” concluiu Thiago.
Questionado sobre os bastidores, sobre o aumento real e do auxílio-alimentação o representante sindical afirmou que, até o momento, as propostas não haviam sido cravadas, contudo, não havia ganho real.
Já sobre o auxílio-alimentação, Thiago explicou que em Votuporanga o valor atual é de R$ 325; no entanto, estaria longe do mínimo ideal no Estado. De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) que realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos e em janeiro, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 16 das 17 capitais. As altas mais expressivas ocorreram em Brasília/DF (6,36%), Aracaju/SE (6,23%), João Pessoa/PB (5,45%), Fortaleza/CE (4,89%) e Goiânia/GO (4,63%). São Paulo foi a capital onde a cesta apresentou o maior custo (R$ 713,86), seguida por Florianópolis/SC (R$ 695,59), Rio de Janeiro/RJ (R$ 692,83), Vitória/ES (R$ 677,54) e Porto Alegre/RS (R$ 673,00).
O que diz a Prefeitura
Procurada pela reportagem do Diário, a Administração Municipal respondeu em nota sobre o assunto. “O governo segue as discussões com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Votuporanga com foco na valorização dos servidores e também do cumprimento da responsabilidade fiscal. A previsão da definição do reajuste é até o final deste mês.”
Municípios vizinhos que já reajustaram
Nos primeiros dias do ano, a Prefeitura de Valentim Gentil/SP anunciou reajuste de 9,73% de reajuste para os servidores públicos municipais. Além da reposição, a Prefeitura triplicou o valor repassado por meio do Auxílio-Alimentação, que passou de R$ 70 para R$ 210.
Já Parisi/SP, anunciou reajuste de R$ 10,6% para o funcionalismo público municipal. O reajuste na Tabela de Referência/Vencimentos a todos os funcionários públicos municipais efetivos e da ativa é referente as perdas inflacionárias ocorridas durante os últimos dois períodos.