Por: Karol Granchi –
Após quatro anos diagnosticada com leucemia crônica, a moradora de Monte Aprazível (SP), Eluana Coutinho, 32, enfrenta corajosamente sua batalha contra o câncer. No inicio de novembro ela deverá passar pelo transplante de medula óssea, que será doada por sua irmã, Juliana Coutinho, de 36 anos, ou pela filha de 8 anos
A chance de compatibilidade é de 50%, mesmo assim, ela e o coordenador do serviço de transplante de medula óssea do Hospital de Base, doutor João Victor Piccolo Feliciano, ainda esperam um doador com 100% de compatibilidade.
“Minha irmã fará os exames e os procedimentos de averiguação de seu estado de saúde. Se for aprovado, faremos a tentativa. Tem cinquenta por cento de chance de dar certo. Se, de última hora, surgir um doador totalmente compatível, o transplante será feito com ele”, explicou.
Se acaso não surgir um doador, a segunda alternativa é fazer o transplante com a medula doada pela filhinha da Eluana, que tem oito anos. “Por ela ser minha filha, nesse caso o procedimento é autorizado, mas também são 50 por cento de chance”, diz.
Eluana ficou conhecida na região após publicar um vídeo mobilizando as pessoas a fazerem doações que podem salvar a ela e outros pacientes com câncer. Somente no Facebook, o apelo comovente ganhou 22 mil visualizações, mais de 1 milhão de curtidas e 687 compartilhamentos.
A possibilidade de encontrar um doador compatível é de um a 100 mil (como uma agulha no palheiro) ela não perde as esperanças. “Tem dias que eu estou bem, em outros nem tanto, mas Deus sabe de todas as coisas, ele já sabe de tudo o que vai acontecer e minha vida está com ele”, afirma.
Atualmente, a paciente está afastada de qualquer tipo de tratamento. A doença de Eluana avançou para um estágio em que seu corpo rejeita as medicações. “Eu não estou mais fazendo a quimioterapia e nem tomando remédios, a única esperança agora é o transplante”.
Por conta do câncer, Eluana não trabalha. Inicialmente ela teve o auxílio negado pelo Instituto Nacional de Seguro Social, o INSS, mas agora por decisão de uma Juíza ela esta recebendo beneficio. O sonho de sobreviver ao câncer quase chegou perto de se realizar no final do ano passado, mas o doador, 100% compatível, desistiu de última hora.
Seja um doador
Para ajudar Eluana e outras pessoas que precisam de medula, possíveis doadores devem procurar o Hemocentro mais perto de sua casa e fazer o cadastro. No local será feita a coleta de quatro ml de sangue. O material será submetido à análise e colocado, posteriormente, no cadastro de medula óssea.
Esse cadastro está disponível para pacientes de todo o Brasil por meio do Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
O Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea, criado em 1993, centraliza todas as informações cadastrais de pessoas dispostas a doar medula óssea para pacientes que não possuem doadores na família.
Quando um paciente precisa de transplante, o registro é consultado e, se houver um doador compatível, o mesmo é convidado a fazer a doação. Os registros podem ser consultados no site: http://redome.inca.gov.br.
Quem pode se cadastrar
Pessoas entre 18 e 55 anos que estejam em bom estado de saúde (sem doenças infecciosas ou incapacitantes).
Basta apresentar um documento oficial com foto (ex: RG e CNH). O doador deverá preencher um formulário com dados pessoais, que precisa ser atualizado constantemente (caso haja mudança de endereço, telefone ou outras informações, o doador precisa ir ao Hemocentro de sua cidade para fazer a atualização).