Cirurgiã-dentista Dra. Debora Guisso atua nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), com foco para acelerar a recuperação e ajudar a eliminar os casos de infecções.
Mais uma vez, a Santa Casa sai na frente quando o assunto é qualidade de assistência. A Instituição acaba de implantar o serviço de odontologia hospitalar, oferecendo um atendimento personalizado e de alta qualidade aos pacientes submetidos a tratamentos de alta complexidade médica.
A cirurgiã dentista Dra. Debora Guisso, que é especialista em Odontologia Hospitalar, atua nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), incluindo as de COVID-19, minimizando o risco de infecções oriundos da região bucal e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. O principal papel é evitar a proliferação de fungos, bactérias, infecções e aumento de complicações sistêmicas que representam grande risco para a saúde dos assistidos.
A médica responsável pela Gestão de Cuidados, Dra. Lara Galvani Greghi, ressaltou a importância da atuação da profissional juntamente com a equipe multidisciplinar. “Esse serviço veio por meio da comprovação científica da diminuição das Pneumonias Associadas à Ventilação Mecânica (PAV), consideradas um grande vilão na luta pela vida, além de diminuição do tempo de internação e redução dos custos hospitalares”, enfatizou.
Ainda pouco conhecida pela população, a falta de cuidados com higiene bucal hospitalar pode trazer graves comprometimentos tais como: disfunções cardíacas, doenças pulmonares, diabetes, câncer bucal, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), cárie, doença periodontal, mau hálito, perda dos dentes e até mesmo óbito. “Quando estão internados, é normal os pacientes terem uma queda de imunidade. Com isso, as bactérias, fungos e vírus podem se aproveitar deste momento para se instalar na boca”, explicou a Dra. Debora.
Para alguns grupos de risco, por exemplo, os pacientes em tratamento contra o câncer, cardiopatas, diabéticos e internados nas unidades de terapia intensiva (UTI), a atenção com a saúde bucal deve ser ainda maior. “As infecções oportunistas por fungos, vírus e bactérias na cavidade oral podem gerar riscos sistêmicos. Além disso, alguns tratamentos contra o câncer podem gerar complicações na boca, como mucosites e falta de saliva”, complementou.
A odontologia hospitalar trabalha com a equipe multidisciplinar, visando um tratamento global do paciente e contribuindo na construção de planos terapêuticos com visão holística. “São duas grandes funções: prevenção e diagnóstico de doenças. Muitos casos de infecção nos hospitais começam na boca, como consequência do acúmulo de cáries e de tártaro, principalmente em casos em que o tempo de internação é mais longo. O papel é fazer a higiene bucal correta do paciente, evitando tanto as infecções quanto o surgimento de novas doenças”, afirmou.
Também faz parte das atividades do dentista hospitalar a avaliação do paciente para a identificação de novas doenças, que podem surgir como consequência do uso de medicamentos, por exemplo.
O provedor da Santa Casa de Votuporanga, Luiz Fernando Góes Liévana, enalteceu esse diferencial da Instituição. “Cada vez mais, o nosso Hospital busca o atendimento integrado, multidisciplinar com o foco no assistido como um todo. O serviço de Odontologia Hospitalar agrega ainda mais em nossa assistência, salvando vidas e proporcionando mais qualidade de vida”, concluiu.