Atleta é motivada pelo sonho de conseguir a terceira medalha na competição.
Dona de duas medalhas de prata do Mundial de Vôlei, conquistadas em 2006 e 2010, Carol Gattaz não participou da campanha do bronze de 2014 e da eliminação na segunda fase em 2018. Neste sábado (24.set), aos 41 anos, voltará a disputar uma edição do campeonato após o hiato de 12 anos, motivada pelo sonho de conseguir a terceira medalha e ocupando a posição de líder no jovem grupo montado por José Roberto Guimarães neste novo ciclo.
“Minha motivação é enorme. Será o meu terceiro Campeonato Mundial e tenho oportunidade de jogar efetivamente e ajudar a seleção. Já conheço bem o grupo. Mesmo renovado, ainda temos uma base que disputou os Jogos de Tóquio. Adoro estar com elas e me sinto parte desse time. Trabalho para chegar no Mundial na minha melhor forma. Quero ser um exemplo de liderança dentro e fora de quadra, dando o meu máximo sempre. Isso é o fundamental”, diz Carol Gattaz.
Após ser medalhista de prata na Liga das Nações e dos Jogos Olímpicos durante o ano passado, a central ficou de fora da convocação para a Liga das Nações deste ano, na qual o Brasil foi mais uma vez vice-campeão. Por isso, embora ainda estivesse disposta a jogar pela seleção, chegou a imaginar que talvez não recebesse mais oportunidades, mas viu o cenário mudar ao ser chamada para o Mundial.
“A Carol é um exemplo para as jogadoras mais jovens. Elas estão vendo no dia a dia como ela executa os movimentos, como pensa e se dedica, e sua vontade de defender o Brasil”, comentou José Roberto Guimarães sobre a importância de ter uma veterana como Gattaz no grupo para uma competição importante.
Carol Gattaz quer estender a carreira o máximo possível, até porque ainda está jogando em alto nível, como mostrou na conquista do título da Superliga da temporada passada com o Itambé/Minas. De qualquer forma, já pensa em possibilidades para quando se aposentar, o que, segundo ela, ainda deve demorar “alguns anos” para acontecer.
“Eu adoro música, mas nunca pensei em me profissionalizar, até porque não tenho essa voz toda! Gostaria de ter uma voz como a da Marilia Mendonça, que faz muita falta por aqui. Também gosto muito de trabalhar como comentarista, porque é algo que me faz ficar perto do vôlei, que eu tanto amo. É um futuro que não posso descartar, mas isso é só para daqui a alguns anos”, disse.
O Brasil está no Grupo D do Mundial e estreia contra a República Tcheca, em duelo marcado para as 15h30 deste sábado, em Arnhem, na Holanda. Os outros integrantes da chave são Argentina, Colômbia, Japão e China. Ao fim da primeira fase, os quatro melhores colocados avançam.
O grupo formado por José Roberto Guimarães para o campeonato tem as levantadoras Macris e Roberta, as opostas Kisy e Lorenne, as ponteiras Gabi, Rosamaria, Pri Daroit e Tainara, as centrais Carol, Carol Gattaz, Julia Kudiess e Lorena, as líberos Nyeme e Natinha.
*Com informações do Estadão