Parlamentar explicou que irá procurar todos os colegas vereadores no decorrer dos próximos dias em busca das assinaturas e que protocolará novo pedido.
Os supostas atos de fura-fila na vacinação contra a Covid-19 em Votuporanga/SP têm sido assunto recorrente, principalmente nas redes sociais, e a “CPI do fura-fila da Covid” deve ressurgir na Câmara Municipal nas próximas sessões, após uma manobra de parte dos vereadores que resultou no arquivamento do primeiro pedido de instalação.
O anúncio foi feito pelo vereador Cabo Renato Abdala (Patriota), durante sessão ordinária desta segunda-feira (19). O parlamentar disse que nos próximos dias irá procurar todos os vereadores para colher as assinaturas necessárias para o andamento do procedimento que pode resultar na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
Segundo Abdala, ele irá dividir a responsabilidade de tramitar as investigações na Casa de Leis com todos os que se manifestaram dizendo que eram favoráveis, mas não foram procurados para assinar o documento na primeira apresentação: “Vou passar colhendo as assinaturas durante essa semana e, dessa vez, vou procurar a todos e não apenas a quantidade necessária para a abertura, como fiz da última vez”.
Ao Diário de Votuporanga, nesta terça-feira (20), o vereador explicou que levando em consideração os discursos dos companheiros nas últimas sessões, o novo pedido já teria as cinco assinaturas necessárias para o início da tramitação, mas que ainda poderá somar outras.
Do pedido inicial, além de Abdala, Chandelly Protetor (Podemos) e Thiago Gualberto (PSD) que já haviam assinado o documento, permaneceram; já Osmair Ferrari (PSDB) que afirmou não ter tido a oportunidade de assinar a lista, deve conceder seu apoiamento a iniciativa, assim como o presidente da Câmara, Serginho da Farmácia (PSDB).
De acordo com regimento interno da Casa Legislativa, para que seja instalado oficialmente o procedimento investigatório, o pedido deve ser aprovado pelos vereadores com contagem mínima de oito votos favoráveis. Caso contrário, a iniciativa voltará a ser arquivada, tal qual ocorreu na primeira oportunidade.
Renato Abdala explicou ainda que não tem à intenção de pré-julgar ou condenar ninguém e que trabalha para elucidar os fatos e trazer respostas à sociedade.
Para recapitular, na primeira tentativa de instalar o procedimento na Câmara, Abdala apresentou o pedido com o número mínimo de assinaturas [cinco], porém, a proposta não chegaria a ser votada após Carlim Despachante (PSDB), Mehde Meidão (DEM) e Professor Djalma (Podemos) retirarem seus apoiamentos.