Relatos de uma intercambiária em Portugal

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Lara Guizi Anoni retornou do intercâmbio no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em Portugal, e contou as histórias das suas viagens

 

 

A estudante Lara Guizi Anoni, do terceiro ano do curso de Engenharia Civil, retornou do intercâmbio no Instituto Politécnico de Bragança (IPB). Contemplada em chamada pública da Arinter em 2018, Lara garantiu sua vaga no Programa de Mobilidade Internacional por ter o maior Índice de Rendimento Acadêmico (IRA).

Durante o primeiro semestre letivo de 2019, Lara cursou disciplinas no IPB e conta que teve a oportunidade de conhecer outros países na Europa e na África.

Confira o Relato de Intercâmbio:

“Voltei para o Brasil e uma metade de mim ficou em Bragança (cidade de Portugal). A outra metade não é mais a mesma que entrou num avião há cinco meses atrás.

Minha primeira vez fora do meu país, longe de casa, da família e dos amigos… Eu parti cheia de medos, mas vibrando de expectativas (expectativas essas que foram superadas facilmente).

Logo que cheguei já fui muito bem recebida, com uma cerimônia de boas-vindas e todas as recomendações e regras da nova universidade, que seria meu novo cantinho de estudos.

Eu estava surpresa com o tamanho da instituição e a diversidade de alunos (pelo mesmo auditório caminhavam pessoas de mais de cem nacionalidades diferentes).

Nas primeiras semanas, eu já tinha me acostumado com o frio da região montanhosa de Bragança e com os professores falando um português totalmente diferente do que meus ouvidos estavam habituados.

O caminho entre o alojamento e a universidade era longo, mas ao mesmo tempo era tão bonito que eu sempre demorava o dobro do tempo que meus colegas, só para apreciar a beleza de um lugar totalmente voltado para o bem estar e a qualidade de vida da população, abarrotado de flores coloridas que enchiam o ar com seu perfume, árvores frutíferas, praças com seus majestosos chafarizes e o rio Fervença com seu barulhinho de água corrente que era como música para a cidade tranquila.

Eu me familiarizei com muitos dos métodos de ensino de lá, embora algumas das regras sejam um pouco diferentes, como o fato de que o ano letivo inicia em setembro. Portanto, eu que fui em fevereiro, acabei entrando no segundo semestre; a forma de quantificar o rendimento do aluno é de 0 a 20, estranho para quem passou a vida inteira mentalizando um 10 (risos); a duração do curso que atualmente estou inscrita, Engenharia Civil, que leva somente três anos, dois anos a menos do que o período que cursarei aqui.

Durante o semestre, foi possível equilibrar os estudos com algumas viagens, aproveitando o fato de estar tão próxima de tantos países turísticos, pagando preços inacreditavelmente baixos em passagens, entradas em monumentos e museus, ao apresentar a carteirinha estudantil europeia que recebi do IPB (Instituto Politécnico de Bragança).

Acredito que as maiores e mais marcantes experiências da minha vida aconteceram durante esse intercâmbio. Com certeza, ganhei muito em conhecimento, não só escolar, mas também histórico, cultural, emocional, pessoal e o mais importante, interpessoal – convivendo com tantas pessoas de diferentes lugares do mundo, respeitando, entendendo e cedendo.

Por esse e muitos outros motivos, eu sou grata ao IFSP por me proporcionar essa oportunidade única que se tornou um divisor de águas em minha vida”.

(Lara Guizi Anoni é estudante do terceiro ano de Engenharia Civil aqui no Câmpus Votuporanga, onde cursou também o Ensino Médio.)